O BTG Pactual encarou os resultados do segundo trimestre da Brisanet (BRIT3) como mistos. O banco aponta que o cenário atual abre espaço para outras ações do setor se destacarem mais que a companhia.

Isso porque, a Brisanet negocia a 14x P/L para 2025, com um prêmio em relação a outras ISPs locais, mas com expectativas de crescimento acelerado devido ao investimento em 5G.

No entanto, a falta de visibilidade no 5G e o valuation elevado tornam outras opções mais atraentes para exposição ao setor, comenta o BTG.

Durante o segundo trimestre, a Brisanet teve uma receita líquida de R$ 346,5 milhões, um crescimento de 15,4% ano a ano, alinhado com as expectativas.

No entanto, a lucratividade ficou abaixo do esperado pelo BTG devido a investimentos no segmento móvel.

O EBITDA (lucro antes juros) ajustado caiu 1,9%, alcançando R$ 146 milhões, com a margem EBITDA reduzida para 42%, impactada por custos mais elevados no setor móvel.

O lucro líquido de R$ 17,3 milhões também ficou abaixo das previsões devido ao menor EBITDA e maiores despesas financeiras.

A Brisanet encerrou o trimestre com 7,04 milhões de residências cobertas e 1,36 milhão de clientes, mantendo um ritmo estável de crescimento.

A operação móvel atingiu 128,4 mil assinantes, cobrindo 6,6 milhões de pessoas, e adicionou 29,3 mil novos clientes em julho.

O CAPEX foi de R$ 181 milhões, 13,6% abaixo do esperado, e a dívida líquida aumentou para R$ 891 milhões, com alavancagem de 1,5x.

A empresa revisou suas metas para 2024, agora esperando cobrir 230 municípios e mais de 10 milhões de habitantes com 4G/5G.

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