A Braskem divulgou seus resultados do 3T19 mostrando reduções de receita, margens e rentabilidade em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, o fator decisivo para o prejuízo do trimestre veio do elevado resultado financeiro negativo, com a parcela da desvalorização cambial não coberta pelo hedge accounting. No 3T19, a Braskem sofreu um prejuízo de R$ 888 milhões (R$ 1,11 por ação); contra resultados positivos no 2T19 (R$ 84 milhões) e durante o 3T18 (R$ 1,3 bilhão).

Para comentar estes resultados, a empresa realizou uma teleconferência na tarde de ontem, quando foram discutidos os seguintes assuntos:

• Ciclo de baixa da petroquímica não mostra sinais de recuperação. O menor crescimento mundial e o aumento da oferta, continuam pressionando as margens do setor. As expectativas de aumento na oferta de polietileno (PE) são maiores que em polipropileno (PP);

• Em PE, a taxa de utilização das plantas deve cair de 87% em 2019 para a faixa de 84% a 86% em 2020, dependendo do volume de entrada em operação das novas capacidades na
China;

• No PP, a taxa de utilização deve cair do nível atual de 91%/90% para 87%/86% em 2020, também dependendo de como novas capacidades serão adicionadas;

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• A previsão de crescimento do mercado brasileiro caiu da faixa de 3% a 3,5% para 2% neste ano. A venda de resinas da empresa no acumulado de nove meses no mercado interno aumentou 0,9% em 2019, comparado ao mesmo período do ano passado. Para 2020, as expectativas são mais otimistas, considerando uma recuperação mais forte da economia
brasileira;

• A nova planta de PP da Braskem nos Estados Unidos está com um avanço físico de 78,1%, após investimento de US$ 523 milhões realizados. O início da produção é estimado para o
primeiro semestre de 2020;

• A Braskem Idesa (operação no México) está investindo um pequeno valor (US$ 2,4 milhões) para suprir as deficiências no fornecimento de etano realizado pela Pemex, que é sócia do projeto. A empresa está investindo na infraestrutura para receber etano importado dos EUA, que será transportado por caminhões até o complexo petroquímico;

• A emissão recente de US$ 2,25 bilhões em títulos permitiu a redução dos custos da dívida e o aumento do prazo de pagamento. Foram emitidos US$ 1,5 bilhão com vencimento em 2030 (juros de 4,5%), US$ 750 milhões para 2050 (5,875%) e US$ 500 milhões vencíveis em cinco anos (CDI + 0,85%). Com isso, o prazo médio aumentou de 13 anos para 18 anos, com o custo médio ponderado da dívida caindo de 5,36% ao ano para 5,13% aa.

É importante destacar que, devido principalmente aos problemas geológicos em Maceió, a empresa vem elevando fortemente suas contingências com “perda possível”. No balanço do final de 2018 este valor era de R$ 9,3 bilhões, tendo subido para R$ 16,0 bilhões no 2T19 e agora R$ 48,7 bilhões no 3T19. O item mais importante são as perdas em processos de natureza cível (R$ 36,8 bilhões no 3T19), representando 75,6% do total.

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