Na edição de 2020 do Reykjavik, pesquisa realizada pela consultoria Kantar, apenas 41% dos brasileiros se sentiriam confortáveis com CEOs mulheres em grandes organizações. É a primeira vez que o Brasil se destaca no índice.
O Reykjavik Index for Leadership é um índice que mede como as pessoas se sentem em relação às mulheres na liderança e a legitimidade percebida da liderança masculina e feminina na política e em algumas profissões. E também analisa, avaliando grupos de nações do G7, e atitudes de mais de 10.000 pessoas, como homens e mulheres diferem em seus pontos de vista e até que ponto elas e eles são vistos igualmente em termos de adequação de indivíduos para posições no mercado de trabalho.
Para essa edição do Reykjavik Index for Leadership, 22 mil adultos dos setores financeiro, automotivo e inteligência artificial foram entrevistados. O estudo conclui, de forma geral, que a percepção dos gêneros sobre a adequação feminina nas lideranças varia entre áreas, mas que estereótipos ainda persistem em muitos lugares, como, por exemplo, a convicção de que mulheres são mais adequadas para esferas da educação, da moda, da beleza, da saúde e do bem-estar.
Sonia Bueno, presidente da Kantar Brasil, o país foi classificado positivamente por estar acima da média da relação.
“Isso reflete uma preocupação maior das empresas com a promoção da liderança feminina e um olhar do governo para o tema. Mas precisamos ver que há 59% de brasileiros que não se sentem muito confortáveis de ver uma mulher como CEO”.
Segundo Sonia, as mulheres confiam que elas próprias podem assumir posições como líderes, mas, infelizmente, essa sensação não é recíproca dos homens, e, como sociedade, precisamos entender por que não.