O atual cenário brasileiro é facilmente retratado por um governo que gasta excessivamente, gerando uma tensão inflacionária. Isso exige aumento dos juros para controlar a inflação e elevação de impostos para cobrir os gastos, enquanto o setor produtivo regride e a economia brasileira desacelera.

Após meses de expectativa e esperança em torno de um pacote fiscal que supostamente aliviaria essas tensões, chegamos à conclusão de que talvez fosse melhor deixar tudo como estava e aceitar o estouro fiscal. Em resposta, o governo Lula finalmente apresentou o tão aguardado pacote fiscal.

O resultado? Um dólar alcançando impressionantes R$ 6,00 — o maior patamar desde o Plano Real —acompanhado da maior alta nos juros futuros dos últimos dois anos. O mercado já precifica uma Selic acima de 14% em 2025, trazendo forte impacto negativo ao Ibovespa. Nunca fez tanto sentido acreditar que as coisas podem piorar antes de melhorar.

O propósito do pacote fiscal deveria ser, ao menos em teoria, conter o aumento da dívida pública por meio de um superávit primário. No entanto, os R$ 71,9 bilhões previstos já são vistos como insuficientes pelo mercado.

E em meio a esse caos, com o Brasil à beira de uma crise fiscal, surge uma decisão que parece irônica: criar um benefício fiscal que custará R$ 30 bilhões anuais. Sim, isso mesmo. Foi anunciado um conjunto de medidas que incluem a isenção de Imposto de Renda para ganhos mensais de até R$ 5.000,00, enquanto se propõe a tributação dos “super ricos”, abrangendo dividendos e outras aplicações atualmente isentas.

E qual é a conclusão? O mercado já precifica essas medidas como insuficientes. Com uma dívida bruta projetada em 84% do PIB ao término do governo Lula, severos riscos inflacionários e juros elevados continuarão pesando sobre a atividade econômica, dificultando o equilíbrio fiscal.

Em resumo, esse pacote de medidas parece desestimular investimentos, impulsionar a inflação e, acima de tudo, falhar em resolver os problemas estruturais do país, não cumprindo seu objetivo inicial.

E como agir diante da renda variável nesse cenário?

A mesa de Renda Variável da Unifique Invest expressa preocupação com os desdobramentos das medidas anunciadas. Para proteger os investidores dos riscos evidentes associados ao atual contexto econômico brasileiro, a equipe enfatiza sua expertise em selecionar ativos resilientes, com baixa correlação ao Ibovespa e elevado potencial de valorização.

O objetivo é entregar uma combinação estratégica de resiliência e rentabilidade, refletindo o compromisso da Unifique Invest em preservar o patrimônio de seus clientes. Em tempos desafiadores como este, contar com uma gestão experiente e focada na proteção do capital é essencial para atravessar a turbulência com segurança e aproveitar oportunidades de crescimento.

Conteúdo produzido por: Ronaldo Escudeiro – Sócio, assessor e economista da Unifique Invest | BTG Pactual

Publicidade

Black Friday:
50% OFF nos combos

Corra e aproveite antes que acabe!