O Bradesco publicou resultados positivos referentes ao 3T20, nos quais suas despesas com PDD foram reduzidas, mesmo com a constituição de grandes provisões para proteger o banco do cenário adverso.

Entre os destaques do resultado, estão:

• No comparativo trimestral, as receitas registraram um importante crescimento de 6,5%, pra R$8 bilhões, apresentando evolução em praticamente todas as linhas. Destaque para as maiores receitas com rendas de cartões, reflexo do aumento no volume das transações, decorrente da retomada gradual da atividade econômica ocorrida no 3T20 e de underwriting, em decorrência da maior atividade do mercado de capitais, além das maiores receitas de administração de fundos e cobrança;

• As despesas totais apresentaram aumento de apenas 1,4% em relação ao 2T20, em função do acordo coletivo e redução de 13,3% em relação ao 3T19, refletindo, em parte, os efeitos do PDV 2019 (Programa de Demissão Voluntária). O aumento das despesas na parcela estrutural (proventos, encargos e benefícios); tanto no comparativo trimestral quanto em relação ao 3T19, reflete os maiores gastos com proventos e encargos sociais, decorrente dos efeitos do acordo coletivo;

• Estudos internos, que são baseados em modelos estatísticos que capturam informações históricas e prospectivas, bem como a experiência da Administração, e refletem a expectativa de perdas em diferentes cenários econômicos indicam, neste momento, a necessidade de reforçar nossas provisões relacionadas ao cenário econômico adverso em um patamar inferior aos trimestres anteriores, preparando o Banco para um cenário de aumento de inadimplência em 2021. Nesse sentido, o montante constituído neste trimestre foi de R$ 2,6 bilhões (2T20 – R$ 3,8 bilhões e 1T20 – R$ 2,7 bilhões);

• O índice de cobertura acima de 90 dias ao final de setembro de 2020, atingiu 398,2%, sendo o nosso maior nível histórico;

• Nos 9M20, do total de créditos liberados pela Organização, 24,5% foram pelos canais digitais, de maneira autonôma pelos clientes. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o volume de creditos liberados no digital cresceu 22% em pessoa física e 10% em pessoa jurídica. Destaca-se o aumento de 19 p.p. na participação do canal mobile em pessoas físicas; passando de 60% do total de créditos liberados nos 9M19 para 79% nos 9M20;

• O lucro líquido atingiu R$ 5.031 milhões, apresentando uma expressiva evolução de 29,9% em relação ao trimestre anterior. O ótimo desempenho do resultado operacional do trimestre é reflexo das menores despesas com PDD, que apresentaram queda de 37,1%, mesmo com a constituição de R$ 2,6 bilhões de provisões relacionadas ao cenário econômico adverso, destacando-se o elevado nível de provisionamento, que pode ser constatado pelo nosso índice de cobertura para créditos vencidos acima de 90 dias, que atingiu 398,2% em setembro de 2020, além do aumento das receitas com prestação de serviços, que apresentaram crescimento de 6,5% e do forte controle dos custos;

• O next atingiu a marca de 3,2 milhões de clientes. Também, foi registrada uma evolução na quantidade de transações; foram realizadas mais de 200 milhões de transações, volume 92% superior ao mesmo período no ano anterior;

• Com R$ 51,4 bilhões de ativos sob custódia, alcançaram na ágora, ao final de setembro de 2020, a marca de mais de 490 mil investidores (+9,1% em relação a junho de 2020) e ultrapassamos a marca de R$ 43 bilhões negociados por pessoas físicas na B3 no período entre junho e setembro de 2020.

Impacto: Positivo. O Bradesco surpreendeu a expectativa do mercado com seus resultados. Além de um forte lucro líquido, impulsionado pela redução com despesas de PDD, que ainda segue bastante elevadas; o banco apresentou crescimento da receita de serviços e aceleração de sua estratégia digital.

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