Hoje, a Bovespa interrompeu a frequência de seis pregões seguidos de queda operando na contramão dos principais mercados acionários do mundo, onde os três índices americanos voltaram a bater recordes de pontuação.

O que segue motivando investidores em todo o mundo é a expectativa de assinatura do acordo bilateral de comércio entre os EUA e a China, previsto para acontecer até a próxima quarta-feira. Além disso, existe a expectativa de o BOE (Banco Central Inglês) de reduzir juros básicos e eventualmente flexibilizar a política monetária com compras de ativos.

Já nos EUA, dirigentes regionais do FED que discursaram hoje foram bem positivos. Rosengren do FED de Boston, disse que se riscos estiverem contidos em 2020, haverá bons resultados na economia, mas a inflação pode ser um risco com a política monetária acomodatícia e mercado de trabalho apertado.

Acredita que a economia pode responder acima do esperado, mas, ao mesmo tempo bordou as incertezas geopolíticas e o comércio. Já Raphael Bostic do FED de Atlanta, não enxerga recessão no curto prazo para a economia americana, mas adverte que coisas inesperadas podem acontecer e de qualquer forma estarão prontos para agir. Acrescenta que deveriam tentar outras coisas antes de juros negativos.

O dado mais importante do dia veio do noticiário internacional, com a possibilidade de os EUA removerem a China da lista de manipuladores do câmbio. O presidente Trump é que postou twitter saudando os manifestantes do Irã que se recusaram a pisar sobre a bandeira americana, passando ao largo.

Ainda nos EUA, tivemos o índice de tendência de emprego do Conference Board mostrando queda em dezembro para 109 pontos. No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava queda de 1,71%, com o barril cotado a US$ 58,03. O euro era transacionado em alta para US$ 1,114 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,84%, em alta. O ouro e a prata com comportamento de queda na Comex e commodities agrícolas na Bolsa de Chicago com comportamento misto. O minério de ferro negociado na China registrou forte alta de 2,14%, com a tonelada fechando em US$ 95,93.

No mercado doméstico, a pesquisa semanal Focus do Bacen veio tranquila, com a inflação em queda para 3,58% (anterior em 3,60%) em 2020 e estável em 3,75% em 2021. Selic de final de ano e PIB de 2020 estáveis em respectivamente 4,50% e +2,30%, e a produção industrial de 2020 estimada em queda para 2,10% (de 2,19%). O saldo da balança comercial de 2020 é que caiu mais uma vez para superávit de US$ 37,31 bilhões caindo mais em 2021 para US$ 35 bilhões.

Falando em balança comercial, o saldo da segunda semana de janeiro foi de US$ 14 milhões, acumulando nas duas primeiras semanas superávit de US$ 1,78 bilhão. A Petrobras é que anunciou queda do preço da gasolina e do diesel nas refinarias de 3% a partir de amanhã.

No mercado, dia de DIs com comportamento de alta dos juros para os principais vencimentos e o dólar mostrando alta de 1,18% e fechando em R$ 4,142. Na Bovespa, na sessão de 09/1, os investidores estrangeiros voltaram a retirar recursos no montante de R$ 614,5 milhões, deixando o saldo acumulado de janeiro com saques líquidos de R$ 3,68 bilhões.

No mercado acionário, as Bolsas europeias inverteram tendência de alta do início da manhã, exceto Londres que manteve alta de 0,39%. Paris com queda de 0,02% e Frankfurt com -0,24%. Madri e Milão com quedas de respectivamente 0,31% e 0,52%. No mercado americano, dia de Dow Jones com +0,29% e Nasdaq com +1,04%. A Bovespa mostrou alta de 1,58% e índice novamente em 117.325 pontos, oito pontos abaixo da máxima do dia.

Na agenda de amanhã, o IBGE mostrará a produção industrial regional e o volume de serviços prestados em novembro. Nos EUA, teremos a confiança do pequeno empresário de dezembro, a inflação medida pelo CPI de dezembro e teremos ainda discurso dos presidentes do FED de NY e do Kansas.
Alvaro Bandeira
Economista-chefe do banco digital Modalmais

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