A Bombril S.A. anunciou que ingressou com um pedido de recuperação judicial, em conjunto com outras empresas de seu grupo econômico, na 1ª Vara Regional Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 1ª Região Administrativa Judiciária.

O processo foi registrado sob o número 1000363-92.2025.8.26.0260.

A decisão ocorre diante do impacto financeiro de disputas tributárias que envolvem aproximadamente R$ 2,30 bilhões, originadas de autuações fiscais da Receita Federal relacionadas à aquisição de títulos de dívida estrangeiros (T-Bills) entre 1998 e 2001, período em que a empresa estava sob controle do grupo italiano Cragnotti & Partners.

Impacto das disputas tributárias na saúde financeira da empresa

Conforme detalhado em suas demonstrações financeiras e comunicados periódicos ao mercado, a Bombril acompanha de perto o andamento dos processos judiciais, em busca de alternativas para mitigar os riscos à sua estabilidade financeira.

Recentemente, uma decisão desfavorável em um dos processos aumentou a preocupação da administração quanto à sustentabilidade de sua estrutura de capital.

Conselho de Administração aprova recuperação judicial

Após reunião da diretoria, realizada na presente data, a companhia avaliou suas alternativas e considerou pareceres de consultores externos.

A análise indicou que a continuidade das ações judiciais poderia comprometer sua capacidade de pagamento junto a fornecedores e credores, além de gerar insegurança nos mercados de financiamento.

Diante desse cenário, o conselho de administração aprovou a solicitação de recuperação judicial com as seguintes metas:

  • Negociar com credores e fornecedores de maneira estruturada para ajustar seu endividamento;
  • Garantir a continuidade das operações e preservar empregos;
  • Assegurar liquidez financeira para manter o equilíbrio de caixa e evitar impactos mais severos nas operações.

Planejamento estratégico para recuperação e retomada do crescimento

A Bombril acredita que o processo de recuperação permite reorganizar suas finanças com o menor impacto possível para credores e demais stakeholders.

A empresa destaca que a medida se alinha aos esforços dos últimos anos para reequilibrar seu passivo e melhorar seus resultados operacionais.

A administração da companhia reforça que busca, paralelamente, estratégias para equacionar dívidas que não estão sujeitas à recuperação judicial, como seu passivo fiscal.

Espera-se que a reestruturação financeira possibilite um novo ciclo de crescimento e investimentos.

AGE: Assembleia Geral Extraordinária

Além de aprovar o pedido de recuperação judicial, o Conselho de Administração deliberou pela convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE), em conformidade com a legislação societária, para que os acionistas discutam a medida e seus impactos no futuro da empresa.

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