A Polícia Federal (PF) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).  

O objetivo do suposto esquema seria um golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder. O resultado da investigação deve ser entregue ainda nesta quinta-feira (21) ao STF. 

Bolsonaro será preso?  

De acordo com apuração da CNN, a PF deve indiciar Bolsonaro e seus aliados no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, após as eleições presidenciais de 2022.  

Entre os possíveis indiciados estão ex-ministros como o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Defesa), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). 

Plano contra Lula: PF pode indiciar 40 pessoas 

Plano “Punhal verde e amarelo” 

A investigação da Polícia Federal revela que havia uma organização planejando assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes com o objetivo de executar um golpe de Estado e manter Bolsonaro na Presidência.  

Na terça-feira (19), a PF prendeu os envolvidos na elaboração do plano golpista. 

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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, prestou depoimento na mesma terça-feira (19), sendo o último necessário para a PF concluir o inquérito sobre a trama golpista. 

Aliados temem prisão  

Segundo o jornal O Globo, parlamentares e lideranças de direita próximas a Jair Bolsonaro passaram a enxergar os detalhes da tentativa de golpe do Estado como um fator que fortalece as chances de uma eventual detenção do ex-presidente.  

O nome de Bolsonaro é citado claramente no relatório da PF:  

“Conforme evidenciado na presente investigação, exatamente no período referido em que MÁRIO FERNANDES imprime o planejamento operacional, desejou-se que os aparelhos telefônicos dos investigados RAFAEL MARTINS DE OLIVEIRA (JOE) e MAURO CESAR CID estava conectado à ERBS que cobrem o Palácio do Planalto. Nesse mesmo local, o então presidente da República, JAIR BOLSONARO também esteve no Palácio do Planalto.” 

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