🌎 INTERNACIONAL: Bolsas tentam sustentar alta
Bolsas europeias e S&P futuro têm leves altas com investidores mantendo o otimismo na recuperação pós-pandemia; depois de as ações atingirem altas históricas em Wall Street no pregão de ontem. Ganhos em ações de alimentos, incluindo a Nestlé, contrabalançam recuo nas seguradoras no Stoxx Europe 600. Índice dólar ensaia o sexto dia de queda contra seus principais pares, embora com ritmo menor de baixa. Moedas emergentes pares do real têm ganhos discretos. Petróleo recua após dados sugerirem aumento de estoques de gasolina nos EUA antes de encontro da Opep+. Metais mantêm alta em Londres, com cobre no maior nível em dois anos com queda de estoques e alta da demanda. Minério de ferro segue firme, mas rali pode desacelerar à medida que mineradoras elevam produção.
🔰 ECONOMIA/PODER: Congresso apoia extensão do auxílio emergencial
• Agenda oficial de Bolsonaro traz encontro com Rodrigo Maia no Alvorada. De acordo com o jornal O Globo, os dois vão falar da proposta de Orçamento 2021 do governo, criticada pelo presidente da Câmara.
• Ganha força, no Congresso, a proposta de prorrogar por mais um mês o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600. A sexta e última parcela seria paga em setembro. O Congresso aprovaria a continuação do auxílio em menor valor, a partir daí, até que seja substituído pelo Renda Brasil, programa de renda mínima que o governo pretende criar em substituição ao Bolsa Família. Durante a transição, o auxílio deverá ser algo entre R$ 250 e R$ 300. Ontem, após encontro do ministro da Economia, Paulo Guedes, com o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da Proposta de Emenda Constitucional do Pacto Federativo, ficou acertado que o programa Renda Brasil será incluído na PEC. (Valor)
• A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalha para que o chamado Renda Brasil, programa que o governo prepara para substituir o Bolsa Família, comece a vigorar em janeiro de 2020, atendendo a um pedido do presidente Jair Bolsonaro. Ele não quer deixar um vácuo entre o auxílio emergencial concedido durante a pandemia, considerado fundamental para aumentar sua popularidade, e o novo programa social. Para isso, Guedes precisa enviar a proposta ao Congresso nas próximas semanas. O programa deve atender de 20 a 21 milhões de famílias no país, de acordo com fontes que participam das discussões do Renda Brasil. O novo modelo prevê o pagamento do benefício às 14 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família, mais 6 ou 7 milhões de famílias que recebem o auxílio emergencial. Hoje, o auxílio de R$ 600 atende a cerca de 60 milhões de pessoas. (O Globo)
• O programa vai aumentar o valor médio do Bolsa Família, de R$ 190 para perto de R$ 300, fazendo os gastos do governo nesse campo dobrar. Eles vão sair de pouco mais de R$ 30 bilhões por ano do atual Bolsa Família para R$ 60 bilhões no Renda Brasil. É preciso, para isso, encontrar dinheiro e espaço no teto de gastos. Por isso, Guedes vai atrelar as discussões sobre o teto de gastos com o Renda Brasil. O tema foi discutido na reunião desta segunda-feira entre Bolsonaro e integrantes da equipe econômica. Uma das pautas dessa reunião foi a prorrogação do auxílio emergencial até o fim deste ano, com o valor do benefício entre R$ 200 e R$ 300 — no lugar dos R$ 600 de hoje. (O Globo)
• O ministro Paulo Guedes combinou que mandará nova proposta de desoneração da folha de salários, que isentaria da contribuição previdenciária a folha de pagamentos até um salário mínimo e reduziria a alíquota de contribuição de 20% para 15% nas demais faixas salariais. A redução na tributação da folha seria compensada pela criação da Contribuição sobre Transações, a nova CPMF. A pesquisa da XP/Ipespe, divulgada ontem, renovou as esperanças da área econômica em relação à viabilidade do tributo, ao indicar que 46% dos entrevistados aprovam a criação da Contribuição sobre Transações desde que seja para reduzir a taxação da folha; 37% são contra; 7% não têm opinião; e 11% não responderam. (Valor)
• O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o governo precisa avaliar de onde conseguirá cortar despesas antes de definir qual o alcance do programa de renda mínima que será proposto. Segundo Maia, o teto de gastos impede que o governo crie receitas para viabilizar a ampliação de, por exemplo, R$ 100 bilhões para o programa de transferência de renda. Por isso, é preciso cortar despesas e avaliar se há votos suficientes para aprovar. “O governo quer acabar com o seguro-defeso, o abono salarial, cortar os recursos do Sistema S. O governo tem base para fazer isso no Congresso? Precisa avaliar primeiro”, disse. (Valor)
• A parada da economia por causa da pandemia de covid-19 levou o PIB do segundo trimestre a registrar o pior desempenho da história, nos cálculos da Fundação Getúlio Vargas. O tombo na comparação com o primeiro trimestre foi de 8,7%, conforme o Monitor do PIB, indicador da fundação que procura antecipar, com a mesma metodologia, o dado oficial calculado pelo IBGE, que será divulgado em duas semanas. Nos cálculos da FGV, não há queda de um trimestre ante o trimestre anterior nessa magnitude desde 1980. De 1901 até a década de 1970, prevalecem avanços anuais no PIB, segundo dados compilados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). (Estadão)
🏢 EMPRESAS: Câmara aprovou ontem medida provisória que reduz critérios para que bancos públicos concedam crédito
🏛 BANCOS (IFNC): Câmara aprovou ontem medida provisória que reduz critérios para que bancos públicos concedam crédito durante a pandemia do novo coronavírus. A proposta segue para o Senado. O texto dispensa uma série de exigências previstas hoje na legislação, facilitando o financiamento público a empresas com dívidas fiscais e do FGTS, por exemplo. O governo inicialmente propôs que a liberação valesse até 30 de setembro de 2020. A versão aprovada pela Câmara, porém, prorroga essa medida até o fim da calamidade pública provocada pela pandemia; que está prevista para se encerrar em 31 de dezembro.
🌇 INFRAESTRUTURA: No debate sobre o teto de gastos, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, tem afirmado que é possível impulsionar as obras públicas sem ultrapassar a barreira fiscal. Para o ministro, a saída para ampliar o orçamento de sua pasta sem desrespeitar o teto é atrair expressivo volume de emendas parlamentares, investindo em obras com alto potencial de execução. Desde o ano passado, ele reserva espaço na agenda para convencer deputados e senadores a destinarem recursos para obras em andamento, que sejam passíveis de conclusão. Um dos auxiliares mais influentes no entorno do presidente Jair Bolsonaro, Freitas tem se esquivado do embate público sobre a flexibilização do teto de gastos.
🏗 MRV (MRVE3): A MRV Engenharia informou que estuda a realização de uma eventual oferta pública de distribuição de ações ordinárias de emissão da sua subsidiária, Urba Desenvolvimento Urbano, que atua no setor de empreendimentos imobiliários com planejamento urbano e loteamentos de alta qualidade. No momento, acrescenta a construtora, estão sendo conduzidos “trabalhos preparatórios” para a oferta em conjunto com os bancos BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA e Santander Brasil. Segundo a MRV, a potencial oferta “se insere no contexto de reforçar a expansão das atividades”. Nesse contexto, os conselhos de administração de ambas aprovaram em reunião, realizada ontem, um acordo operacional para disciplinar a parceria, estabelecendo os princípios que deverão nortear seu relacionamento. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a MRV esclarece ainda que a realização da oferta está sujeita, entre outros fatores, à aprovações societárias, condições políticas e macroeconômica favoráveis, incluindo em relação à volatilidade do mercado em decorrência da pandemia do covid-19, ao interesse de investidores nacionais e estrangeiros, dentre outros fatores.
🧪 ULTRAPAR (UGPA3): Ultrapar informou nesta terça-feira que os seus dois principais acionistas, Ultra S. A. Participações e Parth do Brasil Participações, ambas holdings de participação da família Igel; celebraram um novo acordo, em substituição ao que havia sido fechado em maio de 2018. O novo acordo de acionistas mantém termos e condições semelhantes ao anterior, com prazo de vigência de cinco anos, prorrogável por mais cinco. A mudança está no ingresso do Pátria Private Equity como detentor de 20% do capital social da Ultra S.A., tornando-se também signatário do acordo. Segundo o comunicado, houve uma reorganização das participações acionárias de alguns sócios de Ultra S. A. e Parth. A empresa informou no mesmo fato relevante a convocação de uma assembleia geral extraordinária para 22 de setembro; a fim de deliberar sobre a eleição de Alexandre Teixeira de Assumpção Saigh, do Pátria, ao cargo de conselheiro.