O dólar fechou em queda de 0,29% na segunda-feira (2), a R$ 5,615, em um dia marcado pela volatilidade, impulsionada por um leilão extra do Banco Central e pelo feriado nos Estados Unidos, que manteve os mercados fechados. A moeda oscilou durante o pregão, atingindo uma máxima de R$ 5,659 e uma mínima de R$ 5,604. Enquanto isso, a Bolsa caiu 0,81%, fechando em 134.906 pontos, com destaque para o recuo das ações da Vale.

Terça-feira
Na terça-feira (3), o dólar apresentou leve queda frente ao real, com investidores buscando sinais sobre o futuro da política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Quarta-feira
O Ibovespa registrou sua quarta queda consecutiva, com um recuo de 0,41%, fechando em 134.353,48 pontos, uma perda de 552,59 pontos no dia e acumulando um recuo de 2,7 mil pontos na sequência. O índice não registrava uma série de quatro quedas seguidas desde maio e junho, quando acumulou seis derrotas consecutivas.

O dólar comercial voltou a subir, fechando em R$ 5,64, com alta de 0,48%, enquanto os juros futuros (DIs) caíram ao longo de toda a curva.

O crescimento do PIB evidenciou a solidez da economia brasileira, que continua surpreendendo apesar da alta taxa de juros. Após o anúncio do “super PIB”, o Ibovespa Futuro chegou a operar em alta, mas não conseguiu sustentar o ritmo com a abertura do pregão, devido à cautela nos mercados globais e à queda das commodities.

Os investidores, retornando do feriado, reposicionaram-se de forma mais conservadora, o que levou os principais índices em Nova York a registrarem perdas acentuadas.

Quinta-feira
Na quinta-feira (5), o dólar teve uma queda expressiva frente ao real, com investidores reagindo aos novos dados do mercado de trabalho dos EUA, cruciais para a definição de um possível corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda neste mês.
A pesquisa ADP mostrou que o setor privado americano criou 99 mil postos de trabalho em agosto, abaixo das 145 mil vagas esperadas, segundo uma pesquisa da Reuters. Os pedidos de auxílio-desemprego ficaram em 227 mil, abaixo das expectativas de 231 mil. O dólar fechou a R$ 5,50.

Sexta-feira
Na sexta-feira (6), o dólar continuava a recuar frente ao real, acompanhando o enfraquecimento da moeda americana no exterior. Investidores avaliavam o relatório de emprego de agosto dos EUA, que aumentou as expectativas de um corte maior de juros pelo Fed.

Às 9h43, o dólar à vista caía 0,57%, para R$ 5,5407, enquanto o contrato de dólar futuro para o primeiro vencimento caía 0,01%, a R$ 5,586.

Os mercados globais concentravam sua atenção no relatório de empregos fora do setor agrícola dos EUA, buscando mais sinais sobre o ciclo de afrouxamento monetário do Fed.

Os dados mostraram que os empregadores americanos criaram 142 mil postos de trabalho em agosto, abaixo das expectativas, e a taxa de desemprego caiu para 4,2%, em linha com o esperado. O número de vagas criadas em julho foi revisado para 89 mil.

Com a expectativa de um corte mais acentuado nos juros, mercados emergentes como o Brasil podem se beneficiar, com o capital estrangeiro voltando ao país. Esse cenário favorece o diferencial de juros pró-Brasil, tornando-o mais atrativo e fortalecendo o real. No entanto, questões internas, como a situação fiscal, e externas, como as eleições nos EUA e a crise na China, podem impactar a valorização da moeda brasileira. Apesar da relativa estabilidade na taxa de desemprego, os números de contratações líquidas mais uma vez abaixo do esperado contribuem para reforçar o cenário de enfraquecimento no mercado de trabalho norte-americano.

Fechamento – Ibovespa fechou preliminarmente aos 134.598,60 pontos (17h), queda de 1,39%; o dólar comercial confirma alta e fecha a R$ 5,59; juros futuros em alta.

Por Luiz Felipe Bazzo, CEO do Transferbank | Colaborou Cátia Chagas, Portal Acionista

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