Ibovespa
O Ibovespa (índice da bolsa de valores) fechou com um declínio discreto nesta segunda-feira, 21, pressionado pela queda da Petrobras, enquanto a Embraer avançou mais de 4% após dados sobre entregas no terceiro trimestre, e a Hypera teve um dia volátil, com o noticiário incluindo a oferta da EMS para criar o maior laboratório farmacêutico do Brasil.
O Ibovespa fechou em queda na terça-feira (22), quase perdendo o patamar dos 129 mil pontos no pior momento, com as ações da B3 entre as maiores pressões negativas após a empresa elevar sua previsão de alavancagem para 2024. Investidores avaliam a capacidade (e vontade) do governo federal de consolidar e estabilizar as contas públicas. Por conta disso, os dados são acompanhados com mais atenção, com o mercado em busca de analisar se a receita do governo está evoluindo conforme ele previa.
O Ibovespa fechou em queda de 0,27%, a 129.233 pontos na quarta-feira (23), acompanhando as perdas em bolsas internacionais. O dólar, que chegou a R$ 5,732 na máxima do dia (o quinto maior valor em quase três anos), fechou perto da estabilidade. Esse pessimismo tem relação com os Estados Unidos, onde uma série de fatores alimentam a cautela dos investidores.
Cortes de juros
As expectativas de cortes mais agressivos nas taxas de juros americanas diminuíram, refletindo a resiliência da economia dos EUA. Os juros de 10 anos dos EUA subiram 1% nesta quarta, indo a 4,25%. Soma-se à questão externa as preocupações com o fiscal brasileiro. Há uma diferença entre as projeções do governo federal para o fechamento de 2024 e as previsões dos analistas de mercado, o que causa uma desancoragem de expectativas.
O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira (24), após uma sequência de cinco quedas, em movimento puxado pelas blue chips Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) e Petrobras (BVMF:PETR4), e também avalizado pelo recuo nas taxas dos contratos de DI.
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta sexta-feira (25) sem direção única, meio volátil. O principal índice da bolsa brasileira subia 0,03%, a 130.099 pontos, por volta de 10h06. Enquanto isso, os investidores se preparam para a semana que vem, quando saem os últimos dados de emprego antes da reunião do Federal Reserve de novembro. Além disso, o mercado se prepara para a reta final da corrida eleitoral nos Estados Unidos, com uma possível vitória de Donald Trump — mas ainda com as pesquisas indefinidas.
Quando os americanos forem às urnas em 5 de novembro, eles escolherão mais do que apenas o próximo presidente. Isso porque as eleições também determinarão o controle sobre disputas cruciais para a Câmara dos Deputados, o Senado e cargos de governador, decidindo qual partido poderá apoiar ou bloquear a agenda do futuro presidente. A expectativa é de que os republicanos consigam virar o Senado a seu favor.
O Ibovespa, que rondava a estabilidade, voltou ao terreno negativo, mesmo com a alta expressiva das ações da Vale (VALE3).
Câmbio
O dólar fechou a segunda-feira, 21, em leve queda e novamente abaixo dos R$ 5,70, em um dia de ajustes após as altas recentes, enquanto no exterior a moeda norte-americana registrou ganhos firmes em meio à expectativa de cortes menores de juros nos EUA e ao aumento das apostas de vitória de Donald Trump nas eleições.
Em um dia de agenda esvaziada, o dólar oscilou em margens estreitas na terça-feira (22) até encerrar a sessão praticamente estável no Brasil, pouco abaixo dos R$ 5,70, em meio ao avanço da moeda no exterior, onde investidores se posicionavam para uma possível vitória de Donald Trump na corrida presidencial dos EUA e para cortes menores de juros.
Terminadas as negociações da terça, o dólar à vista encerrou em alta de 0,11%, cotado a R$ 5,6968, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,6747 e tocado a máxima de R$ 5,7176.
Após ter superado os R$ 5,73 pela manhã, o dólar perdeu força e fechou praticamente estável no Brasil na quarta-feira (23). A moeda estadunidense teve leve baixa de 0,06% e encerrou o pregão cotada a R$ 5,6934.
A moeda norte-americana teve forte avanço ante as demais divisas no exterior, com o mercado projetando cortes menores de juros nos EUA e chances maiores de Donald Trump vencer a eleição presidencial. Neste cenário, o dólar à vista atingiu a cotação máxima de R$ 5,7334 (+0,64%) pela manhã. Depois disso, o dólar reduziu os ganhos e retornou para perto da estabilidade, com alguns agentes aproveitando as cotações acima de R$ 5,70 para vender moeda.
Enquanto isso, o mercado aguarda medidas concretas sobre o possível pacote de corte de gastos do governo que deve ser anunciado após o segundo turno das eleições municipais.
O dólar à vista fechou a quinta-feira (24) em baixa ante o real, influenciado pelo recuo da moeda norte-americana no exterior e por declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em defesa do ajuste fiscal. Diante desse cenário, o dólar à vista foi às mínimas da sessão perto do fechamento, encerrando em queda de 0,52%, cotado a R$ 5,6629, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,6619 e tocado na máxima de R$ 5,7198 pela manhã.
O dólar nesta sexta-feira (25) abriu a última sessão da semana em alta de 0,10%, a R$ 5,6686. Há fatores no radar que podem levar a um alívio do câmbio nesta sexta-feira (25). Lá fora, o minério de ferro teve alta de 2,81% na China, assim como o petróleo também subiu; um cenário que joga a favor das divisas ligadas a commodities, como o real. Dia volátil. As declarações de autoridades no G20 viraram a história.
O dólar à vista foi às máximas da sessão na tarde desta sexta-feira, acompanhando o movimento externo de piora das moedas emergentes, em meio ao avanço do rendimento do título do Tesouro americano de dez anos, que mais cedo recuava. Ao lado do real no pior desempenho da sessão estão divisas como o won sul-coreano e os pesos filipino e mexicano. Também refletindo o cenário externo, os juros futuros ampliam a alta observada mais cedo.
Eleições nos EUA
A escalada do dólar continua agressiva, respondendo ao cenário internacional. O mercado teme que a inflação possa voltar nos EUA se Trump vencer as eleições no dia 5 de novembro. Trump prega um crescimento mais robusto da economia dos EUA, com mais tarifas de importação sobre os produtos estrangeiros — o que impulsiona a alta de preços. Consequentemente, haveria taxas de juros mais elevadas no caso de ele ganhar a eleição. Isso afasta investidores de bolsas emergentes, como o Brasil. No momento, o índice DXY, que mede a variação do dólar em relação a seis moedas, está em 104,2, com alta de 0,18%.
Por Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank, uma das 15 maiores soluções de câmbio do Brasil. Trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício. Residiu na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.