Hortaliças como alface, batata, cebola e cenoura apresentaram um movimento de queda de preços ao longo do mês de outubro, na maior parte das centrais de abastecimento pesquisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Já o tomate teve alta nos preços na média ponderada, informa o 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta sexta-feira (22) pela estatal.

Este é o segundo mês consecutivo em que os preços da alface variam de forma diferente nas Ceasas analisadas, sendo que a média ponderada diminuiu em 1,02%, em comparação com a média de setembro. Já o preço da batata vem caindo há quatro meses, desde julho, porém ainda é superior ao de outubro de 2023.

Para a cebola, os preços apresentaram novamente queda significativa. A média ponderada caiu 25,22%, um dos menores patamares dos últimos anos. A oferta abundante fez com que os preços caíssem em todas as Ceasas analisadas. Também houve uma nova queda do preço da cenoura em outubro. Desta vez, a média ponderada caiu 5,17%, em relação à média de setembro.

Na contramão das demais hortaliças, o tomate apresentou uma alta de 17,27% em relação ao mês anterior. Segundo o boletim, o que se observou em outubro foram variações constantes de preço, determinadas pela oferta. Esta, por sua vez, foi influenciada pelo calor, que, em algumas ocasiões, acelerou a maturação e aumentou a oferta; noutras, pelas chuvas, que diminuíram o tempo de maturação, dificultaram ou até mesmo interromperam a colheita em determinados momentos, reduzindo a disponibilidade do produto.

Frutas – Em outubro, o movimento preponderante de preços da banana, do mamão e da melancia foi de queda. A queda na média ponderada ocorreu devido ao aumento da comercialização para a produção de banana prata, por causa do pico de safra e de boas condições climáticas para amadurecimento em diversas regiões. Para a variedade nanica, ocorreu queda da oferta por causa do período de entressafra e de condições climáticas ruins em regiões produtoras paulistas e catarinenses, principalmente. 

No caso do mamão, ocorreu queda de preços em decorrência da elevação da oferta para ambas as variedades, com maior intensidade para a formosa. A melancia, por sua vez, teve queda nas cotações e aumento nas exportações em relação à temporada passada, sendo bastante remuneradoras e com possibilidade de baterem recordes de rentabilidade.

Para a laranja, foi observada mais uma alta nos preços junto à queda da comercialização na maior parte das Ceasas. As exportações brasileiras de suco de laranja registraram queda, devido à redução da oferta da fruta. No caso da maçã, os preços se mantiveram em patamar estável na média.

No acumulado até outubro de 2024, o volume total de frutas nacionais enviadas ao exterior foi de 812,8 mil toneladas, queda de 2,49% em relação ao intervalo janeiro/outubro de 2023, e o faturamento foi de U$S 1,03 bilhão (FOB), superior 5,35% em relação aos dez primeiros meses de 2023 e de 22,7% em relação ao mesmo período de 2022.

Nesta edição, a seção de destaques das ceasas aborda dois temas. O primeiro é o lançamento pelo Governo Federal do Plano Nacional De Abastecimento Alimentar – Alimento no Prato (2025 – 2028). O segundo aborda a visita técnica da Conab e do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) ao Banco de Alimentos Comida Boa da Ceasa Paraná.

Os dados estatísticos do Boletim Prohort da Conab são levantados nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, São José/SC, Goiânia/GO, Recife/PE, Fortaleza/CE e Rio Branco/AC que, em conjunto, comercializam grande parte dos hortigranjeiros consumidos pela população brasileira. As análises completas podem ser acessadas no 11º Boletim Hortigranjeiro 2024, disponível no Portal da Conab.

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