A tendência de alta do mercado nacional de soja, movida por elevações nos preços internacionais da oleaginosa e do dólar, porém com baixa dos prêmios de portos, pode reduzir os ganhos relacionados a esse produto. A análise é destaque no mais recente Boletim AgroConab, publicação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que traz dados sobre preços internos e externos, quadro de oferta e demanda, além de perspectivas de curto e médio prazo das principais culturas de grãos e do mercado de carnes.

De acordo com a última publicação, os preços médios nacionais em alta da soja têm acompanhado o aumento dos preços médios de dezembro em Chicago. A comercialização da safra 2020/21 chega a mais de 96% e está abaixo do esperado para o período.

Alguns problemas climáticos, ocorridos no Sul do Brasil e na Argentina, trazem preocupação com a oferta enquanto os preços internacionais tiveram alta no mês de dezembro. Já as baixas exportações americanas são responsáveis por conter maiores altas dos preços internacionais.

Oferta e demanda – A perspectiva é de um pequeno ajuste da estimativa da safra 2021/22, de 142,01 milhões de toneladas para 142,79 milhões de toneladas, mas o clima adverso no Sul do Brasil pode reduzir a oferta. As exportações de soja em 2022 devem chegar a 90,67 milhões de toneladas, com a China importando aproximadamente 70% desse total. Já o estoque de passagem de 2022 apresenta uma redução, após o aumento da estimativa de processamento e exportações nas safras 2021 e 2022.

Confira aqui as edições do AgroConab, com as análises da soja e de outros produtos, como algodão, arroz, feijão, milho, trigo e carnes (bovina, frango e suína).

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