Atualmente, o Bitcoin (BTC) é a criptomoeda mais famosa do mundo. O ativo foi criado em 2008, com o objetivo de ser uma solução para a crise financeira enfrentada em países da Europa e nos Estados Unidos.
Dessa forma, o mundo viu várias pessoas enriquecendo com a alavancagem da primeira moeda digital, que chegou a valer milhares de dólares. Até hoje, o Bitcoin e outras criptomoedas são investimentos que passam por altos e baixos, mas que todo mundo fica de olho.
Mesmo assim, ainda há quem não entenda como esse tipo de tecnologia surgiu, muito menos como a sua criação revolucionou as transações financeiras e a economia da nossa era.
Portanto, veja tudo o que você precisa saber sobre Bitcoin, antes de investir no ativo:
Contexto histórico
O Bitcoin é considerado um marco na história da humanidade, assim como na transformação da nossa cultura. Isso porque, com a ascensão do digital, pensar em um dinheiro virtual não era algo inconcebível. No entanto, o maior problema desse aspecto era criar um tipo de moeda que fosse segura a respeito de cópias ou fraudes.
Vale ressaltar que nesse mesmo cenário, no ano de 2008, alguns países desenvolvidos passaram por uma crise financeira que acabou levando a inflação às alturas, chegando a ser a maior crise desde o início da década de 1990.
Essa situação vinha da quebra de diversos bancos, que encontraram problemas na validação de transações financeiras pela internet, não conseguindo precaver gastos duplos, além de empréstimos imobiliários insustentáveis.
Revolução
Foi nesse cenário que um pseudônimo chamado de Satoshi Nakamoto, que até hoje ninguém sabe quem é, escreveu o artigo Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System (Bitcoin: Um Sistema de Dinheiro Eletrônico Entre Pares).
Esse texto descrevia como transações financeiras na internet ainda se baseavam em instituições financeiras que serviam de intermediários para fazer a validação da compra, que eram extremamente sujeitas a fraude.
A proposta de solução se baseava em um sistema de criptografia, ou seja, codificar os dados para fazer com que as transações não precisassem mais de um intermediário, as tornando praticamente irreversíveis. Para fazer isso, o artigo sugeria a utilização do blockchain.
O que é Blockchain?
O Blockchain nada mais é do que um sistema financeiro. Ele funciona como uma rede de nós. Portanto, cada nó da rede registra todas as transações financeiras feitas nela. Assim, fazendo as contas e mantendo o sistema funcionando, sem um órgão central.
Esse bloco de anotações que todo mundo participa é o que elimina a necessidade de alguém intermediar as transações e checar se a mesma não é fraudulenta. Na prática, se um investidor informa que já pagou algo e que realmente tem o valor informado, todos os outros nós podem checar essa informação, refazer as contas e registrar o valor atual.
Para fraudar isso, seria necessário mudar os registros de mais da metade dessa rede de nós e registros gigantescos. Dessa forma, com a intenção de garantir a exclusividade de cada transação, toda movimentação é codificada com dois tipos de chaves.
A primeira chave é pública, sendo equivalente ao endereço, carteira ou conta do banco do investidor. A outra chave é secreta como, por exemplo, a senha do investidor. Tudo isso para garantir que cada Bitcoin não seja utilizado mais de uma vez e que seja único.
O Bitcoin
De forma resumida, assim nasceu o Bitcoin. Uma moeda que não tem lastro físico, que permitiria fazer transações seguras, sem depender de um órgão central ou instituição e totalmente independente.
Além disso, outra característica peculiar do ativo, é que este é uma moeda finita. Ou seja, programada para acabar. Isso porque foi determinada a criação de apenas 21 milhões de bitcoins, em um sistema de fabricação decrescente. Em suma, essa criança vai acabar em 2140.
O princípio dessa característica é tornar a moeda escassa ao longo dos anos e, dessa forma, evitar que a moeda seja afetada pela inflação.
Ascenção
Em março de 2010, um usuário do Bitcoin Fórum tentou vender 10 mil bitcoins por US$ 50 e ninguém aceitou a proposta. Entretanto, no final de junho de 2021, cada unidade da criptomoeda chegou ao valor aproximado de US$ 35 mil. Esse não foi o maior valor da moeda, que já chegou a valer mais de US$ 64.896,22.
Isso porque a ideia do blockchain deu muito certo, e a moeda se popularizou. Tanto que essa tecnologia serviu para criação de outros tipos de criptomoedas, como é o caso do Ethereum, que é a segunda criptomoeda mais valiosa do mundo.
Mudanças
Mesmo assim, o Bitcoin ainda passa por muitas alterações. Afinal, assim como tudo na vida, o sistema não é perfeito e apresenta alguns pontos a serem melhorados. Um exemplo é a poluição astronômica que ele faz, já que o sistema utiliza uma energia inacreditável.
Para ter uma ideia, a estimativa de consumo de energia elétrica, feita pelo centro de finanças alternativas da Universidade de Cambridge, mostra que em fevereiro de 2021, quando o Bitcoin chegou a valer US$ 50 mil, a rede consumia mais energia do que todo o consumo na Argentina. Ou seja, mais que um país inteiro.
Mesmo assim, a primeira criptomoeda do mundo permanece em destaque e chegou a se tornar o dinheiro oficial de El Salvador, um país na América Central.
Em suma, tudo isso mostra que o Bitcoin chegou para ficar e revolucionar o mundo como conhecemos. Por isso, vale a pena ficar de olho nessa ascensão e entender o que seu surgimento representa.
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