Conforme repercussão em diversas mídias no início deste mês, Howard Marks, o renomado fundador da Oaktree Capital, acendeu um alerta para investidores em sua recente carta. Conhecido por prever a bolha da internet nos anos 2000, Marks agora questiona se o mercado das Big Techs, ou seja gigantes de tecnologia, está caminhando para um cenário semelhante.
O que está por trás da possível bolha das Big Techs?
As chamadas “Magnificent Seven” — Alphabet, Apple, Microsoft, Amazon, Nvidia, Meta e Tesla — hoje representam mais de 30% do S&P 500, um nível de concentração que preocupa. Marks aponta que o comportamento dos investidores em relação a essas empresas reflete sinais típicos de uma bolha:
Euforia desmedida: Acreditar que essas empresas não podem errar.
Medo de ficar de fora (FOMO): A corrida para comprar ações a qualquer preço.
Valorização sem limites: Projeções de crescimento quase irreais, como no caso da Nvidia, cuja expectativa é de manter um desempenho excepcional até 2030.
Embora os múltiplos do S&P 500 não sejam tão extremos quanto no auge da bolha da internet, Marks destaca que a psicologia de mercado pode ser mais perigosa que os próprios números.
Riscos à vista
O mercado tecnológico já mostrou vulnerabilidade antes, como na bolha das Nifty Fifty nos anos 1970 e na bolha da internet no início dos anos 2000. Apesar de as “Magnificent Seven” serem empresas sólidas, Marks questiona a viabilidade de manter crescimento infinito em um mercado tão competitivo.
Outras vozes também levantam preocupações. O hedge fund Elliott Management alertou que a valorização das ações da Nvidia, alimentada pelo hype da inteligência artificial, pode ser insustentável.
Estratégias para navegar na incerteza
Primeiramente, reduza exposição concentrada, isto é, muito dinheiro em único ativo. Assim, invista em setores que apresentem potencial sólido de crescimento e menor volatilidade.
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