A Be8 recebeu nesta quarta-feira (24/04), a Licença Ambiental de Instalação (LI) da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam) órgão técnico do Sistema Estadual de Proteção Ambiental (SISEPRA) do Rio Grande do Sul.O Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental licencia a localização, instalação, ampliação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, e a liberação da Licença de Instalação permite o início das obras da unidade em Passo Fundo, no Planalto Médio gaúcho. As primeiras atividades de terraplanagem estão estimadas para começar até meados de junho.“Essa data é superimportante para nosso projeto e, sendo assim, seguimos orgulhosos de cumprir mais essa etapa de liberação ambiental, que nos credencia a começar as obras que vão trazer a produção de etanol para o estado do Rio Grande do Sul, além de gerar empregos e de ser oportunidade viável de renda para o agricultor com a cultura de cereais de inverno”, disse Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8. Ele agradeceu e manifestou respeito à equipe da Fepam pela cooperação no processo de licenciamento ambiental.“A Fepam acompanha as operações da Be8 desde 2005, quando do licenciamento prévio da sua planta de biodiesel em Passo Fundo. Com essa licença para a usina de etanol entregue hoje, a Be8 agrega mais uma fonte de produção de combustível renovável que irá se somar à busca por uma matriz energética de baixo carbono no Estado”, ressalta o presidente da Fundação, Renato Chagas.A nova planta de etanol é a primeira de grande porte no Estado produzindo o biocombustível com cereais, e a primeira produção de glúten vital do Brasil. A nova fábrica tem previsão de operação em 2026 e prevê o investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão.A usina será flexível para a produção de etanol anidro (que pode ser adicionado na gasolina), ou hidratado (consumo direto), e terá capacidade de 209 milhões de litros/ano, o que equivale a 20% da demanda do Rio Grande do Sul, que hoje tem que importar o produto de outros estados.Em março, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 729,7 milhões para a Be8, para a construção de fábrica. Do total, R$ 500 milhões são provenientes do Programa BNDES Mais Inovação.Etanol, farelo e glúten – A nova fábrica processará 525 mil de toneladas por ano de cereais para produção de etanol e farelo DDGS (Distiller’s Dried Grains with Solubles) ou Grãos Secos de Destilaria com Solúveis (em português), para as cadeias produtivas de proteínas animais, além de promover investimento em desenvolvimento de tecnologia genética para produção de trigo específico para produção de etanol.Integrada ao investimento da planta de etanol, a Be8 também anunciou a produção de glúten vital, um concentrado proteico em pó obtido a partir da farinha de cereais. Atualmente, todo o glúten consumido no Brasil é importado. Com mais este projeto inovador, a empresa suprirá integralmente o mercado brasileiro, com capacidade para atender ao Mercosul também. A cerimônia foi realizada em Porto Alegre (RS) com a presença de Renato Chagas, presidente da Fepam, de Ernani Polo, Secretário Estadual de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, de Gabriel Ritter, diretor-técnico da Fundação, Annelise Pedroso, chefe do Serviço de Licenciamento e Monitoramento de Indústrias da Fepam, Helena Petersen, analista ambiental da FEPAM, Marcos Cittolin, conselheiro de administração da Be8, Filipe Cécere, gerente de projetos da Be8, Queli de Brum, Especialista em Meio Ambiente da Be8, e Rodrigo Bordin, gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Be8.

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