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BDRs: cenário é de incertezas, mas ainda é possível investir bem

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O cenário macroeconômico segue com incertezas, especialmente em relação à trajetória dos juros nos EUA, que permaneceram entre 5,25% e 5,50% na última reunião do FED. Ainda tem a evolução dos conflitos no Oriente Médio, o desempenho econômico da China e a condução da política fiscal no Brasil. Esses fatores continuam a influenciar as decisões de investimento e demandam uma vigilância constante do cenário global e local. Entretanto, ainda é um bom momento para investir em empresas estrangeiras.

“Os indicadores econômicos apontam para uma atividade ainda aquecida nos Estados Unidos, embora haja alguns sinais de desaceleração, como o aumento da taxa de inadimplência no cartão de crédito e a baixa intenção de contratação por parte das pequenas empresas”, comentam os analistas.

O S&P 500 teve uma queda de -4,2% em abril, justificada pela reprecificação do ciclo de corte de juros pelo FED em abril (taxas de juros de 10 anos em +4,7% um aumento de +80 bps no acumulado do ano). “Mantemos o otimismo com o S&P 500, justificado pelos seguintes fatores: queda do múltiplo Preço/Lucro para 2024 (atualmente em 20,8x, com redução de 130 bps no acumulado do ano) (resultados corporativos acima das expectativas do mercado no 1T24, com surpresa do lucro líquido de 9,3%, posicionamento mais leve dos investidores institucionais na comparação mensal”, diz o relatório do BTG Pactual para maio.

Análises e recomendações

Para os EUA, o consenso é que dado a força do crescimento econômico, do mercado de trabalho e a persistência da inflação, há menos espaço para discussão de cortes de juros no curto prazo, logo a estimativa é que isso ocorra no fim do ano. Na Europa, a comunicação do ECB ainda mostra confiança para com a desinflação e o início do ajuste da política monetária em junho, ainda que a reprecificação do FED seja um desafio para o ciclo como um todo. 

Bolsa

De acordo com a Guide, a bolsa americana segue sendo carregada por grandes empresas de tecnologia. “Contudo, percebemos uma mudança nos últimos meses, com empresas do setor financeiro e produtores de commodities apresentando bom desempenho. Acreditamos que as perspectivas menores de corte de juros e o valuation caro das empresas de tecnologia representam um risco alto neste momento.”

“Ficha caiu”, diz analistas da Ágora

Segundo os analistas da Ágora, parece que a “ficha caiu” para aqueles que almejavam uma o início da queda dos juros nos EUA a curto prazo. Como eles dizem, o ano começou com o mercado precificando um corte generoso (1,75 pp), só que abril encerrou com a curva de juros futuros indicando algo bem menor (0,5 pp) ou até mesmo uma prorrogação desse início de alívio monetário somente em 2025. 

“Embora o enredo tenha mudado, os protagonistas continuam sendo os mesmos… Por exemplo, no mês, foi conhecido o PIB norte-americano – um indicador que poderia contribuir para a tese de um início de corte se avizinhando, haja vista a desaceleração observada do indicador na passagem do 4T23 para o 1T24. Após forte avanço de 3,4% no último trimestre de 2023, houve uma desaceleração do crescimento, com avanço de “apenas” 1,6%”, explicam os analistas.

Além disso, a inflação não deu sinais de que vai aliviar. “Mesmo com a atividade mais enfraquecida, o PCE (o indicador mais usado como referência pelo FED em suas decisões) subiu 0,32% na variação mensal de março, praticamente a mesma alta verificada em fevereiro (0,34%)”, recordam. 

Conforme a Ágora, “se no cenário houve um ‘cavalo de pau’, para a alocação estratégica acreditamos que não é o momento de movimentos abruptos. Nos últimos meses fizemos ajustes em nosso portfólio internacional recomendado visando indexar a carteira ao S&P 500, mantendo teses pontuais que possam potencializar o desempenho da carteira”. 

Perspectivas

Em maio, que começou com a decisão de política monetária por parte do FED, a safra de balanços não será um contraponto até o final do mês, uma vez que se encerra na primeira quinzena. “Nesse sentido, continuaremos a monitorar os dados e será importante avaliar o tom das falas adotadas pelos dirigentes na decisão e ao longo do mês.” 

Carteiras BDRs

A carteira BDR da Genial apresentou uma baixa de -1,02% em abril. No mesmo período, o Índice de BDRs (BDRX) obteve um desempenho positivo de 0,57%. No ano de 2024 a carteira apresenta rentabilidade alta de 11,74% contra uma alta de 16,54%, no mesmo período, do Índice de BDRs (BDRx). Em relação ao mês de abril, foram excluídas ações da Berkshire Hathaway (BERK34), comom Inclusão das ações da Netflix (NFLX34).

Em abril, a carteira da XP Investimentos teve um desempenho de 1,8%, enquanto o índice de ações globais (MSCI ACWI) ficou estável (0,0%) no mês em reais. Os papéis escolhidos respeitam limites mínimos de liquidez diária “para evitarmos ingresso em posições ilíquidas”.

Para o mês de maio, a XP retirou a Newmont e substituiu por AstraZeneca. As recomendadas são: Alibaba (BABA34); ASML (ASML34); Astrazeneca (A1ZN34); BP (B1PP34); JPMorgan (JPMC34);  Microsoft (MSFT34); NextEra (NEXT34); UnitedHealth (UNHH34); Vodafone (V1OD34); Warner Bros (W1BD34).

O BTG Pactual traz uma novidade na carteira: a Emerson Eletric (+3%), substituindo a Caterpillar. A empresa tem um modelo de negócios sólidos, com pagamento de dividendos aos acionistas por mais de 60 anos consecutivos e recentemente anunciou um guidance robusto para 2024.  Além disso, retiram o J.P Morgan, após a sólida performance do ativo na carteira, e colocando a Thermo Fischer no lugar, “com o ativo apresentando um ponto de entrada interessante, com um desconto de valuation relevante em comparação ao seu principal par”. 

Para maio, as recomendadas são:  Microsoft (MSFT34); Apple (AAPL34); Nvidia (NVDC34); Alphabet (GOGL34); Amazon (AMZO34); Meta (M1TA34); Eli Lilly (LILY34); TSMC 700 (TSMC34); Tesla (TSLA34); Exxon Mobil (EXXO34); Mastercard (MSCD34);  Thermo Fischer (TMOS34); Goldman Sachs (GSGI34); Progressive Corporation (P1GR34); Rio Tinto (RIOT34); Emerson Eletric (E1MR34); Fortinet (F1TN34); Simon Property 46 Imobiliário (SIMN34) SPG (STOC31).

Outras recomendações:

Terra: AMZO34; AAPL34; WALM34; DISB34; COCA34; GMCO34; CHVX34; TSLA34; JNJB34; B1NT34.

Guide: Apple (AAPL34); Amazon (AMZO34); Disney (CHVX34); Coca-Cola (COCA34); JP morgan (JPMC34); Netflix (NFLX34); Microsoft (MSFT34); Chevron (CHVX34); NVIDIA (NVDC34); Walmart (WALM34).

CM Capital: BERK34; JPMC34 J;  TSMC34;  COCA34; VISA34.

Mycap: VISA34; BABA34; BLAK34; GOGL34; VERZ34; WALM34; MSFT34; AMZO34; M1TA34; MSCD34. 

Ágora: Alphabet GOGL34; Albemarle A1LB34; Ishare Russel BIWM39; Nvidia NVDC34; Ishare Core MSCI BIEM39; Johnson & Johnson JNJB34; Aura Minerals AURA33; Booking Turismo BKNG34; Coca Cola COCA34.

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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.
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Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.

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