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BDRs: 4 empresas do setor de saúde em alta  

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Foto Reprodução: Freepik

Como o Acionista já publicou por aqui, o cenário macroeconômico segue com incertezas, especialmente em relação à trajetória dos juros nos EUA, que permaneceram entre 5,25% e 5,50% na última reunião do FED. Ainda tem a evolução dos conflitos no Oriente Médio, o desempenho econômico da China e a condução da política fiscal no Brasil. Esses fatores continuam a influenciar as decisões de investimento e demandam uma vigilância constante do cenário global e local. Entretanto, ainda é um bom momento para investir em empresas estrangeiras. 

Então o Acionista destaca quatro empresas do setor de saúde que estão entre os BDRs mais recomendados para os investidores brasileiros: Thermo Fischer (TMOS34), Eli Lilly (LILY34) , Johnson & Johnson (JNJB34),UnitedHealth (UNHH34).

S&P 500

O S&P 500 teve uma queda de -4,2% em abril, justificada pela reprecificação do ciclo de corte de juros pelo FED em abril (taxas de juros de 10 anos em +4,7% um aumento de +80 bps no acumulado do ano). 

“Mantemos o otimismo com o S&P 500, justificado pelos seguintes fatores: queda do múltiplo Preço/Lucro para 2024 (atualmente em 20,8x, com redução de 130 bps no acumulado do ano) (resultados corporativos acima das expectativas do mercado no 1T24, com surpresa do lucro líquido de 9,3%, posicionamento mais leve dos investidores institucionais na comparação mensal”, diz o relatório do BTG Pactual para maio.

Eli Lilly (LILY34) e a perda de peso

Não é de hoje que muita gente procura a fórmula mágica para comer sem engordar. Neste contexto, a indústria farmacêutica vem há séculos desenvolvendo muitos “remédios” para auxiliar na perda de peso. A Eli Lilly (LILY34), que tem o medicamento Zepbound, o competidor do Ozempic (ambos utilizados para emagrecimentos) reportou uma receita de US$ 8,77 bilhões no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 26% frente ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a Avenue, foram números mistos em relação às expectativas. 

“Ainda assim, a empresa ajustou para cima as suas projeções de crescimento para o ano, suportado pelas boas perspectivas dos medicamentos de perda de peso. Consequentemente, as suas ações reagiram de forma positiva.”

Entretanto, a linha da receita ficou US$ 160 milhões abaixo das estimativas de Wall Street. Já o lucro líquido por ação chegou aos US$ 2,58, acima dos US$ 2,48 que o mercado esperava.

“A receita foi negativamente impactada pelo medicamento de diabetes Trulicity, que caiu ano a ano. Mounjaro, um dos seus medicamentos estrela, também para a diabetes, veio abaixo da expectativa de mercado e caiu na comparação trimestral, mas viu crescimento. As receitas foram positivamente compensadas pela boa performance do Zepbound, o medicamento de perda de peso competidor do Ozempic (fabricada pela dinamarquesa Novo Nordisk), e pela terapia para o câncer de mama Verzenio, o qual cresceu cerca de 40% (a/a)”, diz o relatório da Avenue.

Claro que a empresa segue expandindo a sua capacidade de fazer frente a demanda para o seu medicamento de perda de peso. “As melhores expectativas de demanda levaram a Eli Lilly a elevar o seu guidance para 2024. A LLY espera agora uma receita entre US$ 42,4 bilhões e US$ 43,6 bilhões (acima dos US$ 41,4 bilhões antes projetado) e o lucro líquido por ação entre US$ 13,50 e US$ 14,00 (US$ 12,46 anterior).”

Thermo Fisher Scientific (TMOS34) acima das expectativas

A Thermo Fisher Scientific (TMOS34) é líder global em soluções científicas e seus números do 1T24 vieram acima das expectativas do mercado, com suas ações reagindo positivamente. A empresa registrou uma receita de US$ 10,34 bilhões, com uma leve queda em comparação com o mesmo período de 2023 que foi de US$ 10,71 bilhões. O lucro por ação ajustado aumentou 2% a/a, para US$ 5,11. Ambos acima das expectativas.

No primeiro trimestre do ano, a companhia lançou vários produtos novos que prometem maior eficiência e precisão em várias aplicações científicas, destacando o compromisso da Thermo Fisher em avançar na descoberta científica. A empresa ainda realizou recompras de ações no valor de US$ 3,0 bilhões e aumentou em 11% os dividendos.

“Olhando para o futuro, a Thermo Fisher está otimista em relação às suas perspectivas para 2024 e revisou para cima suas orientações de receita e de lucro por ação, também refletindo um desempenho operacional mais forte. A empresa agora espera uma receita na faixa de US$ 42,3 a US$ 43,3 bilhões e um lucro por ação ajustado na faixa de US$ 21,14 a US$ 22,02”, diz a Avenue.

Johnson&Johnson (JNJB34) sempre “fofa”

Impossível não ler esse nome e não lembrar dos produtos com aquele bebê fofo nas embalagens como xampús, talcos e sabonetes, mas a J&J é muito mais que isso, é uma referência global no setor de saúde. Além da linha “fofa” para bebês, atua com medicamentos para imunologia, oncologia, neurologia, doenças pulmonares, cardiológicas e metabólicas. Conforme a Ágora, hoje concentra sua operação em duas divisões de negócio: Medicina Inovadora e Tecnologia Médica.

Entre as vantagens de investir na J&J  segundo os analistas da Ágora estão seus principais produtos como medicamentos especiais, que oferecem uma precificação de valor elevado. Também as patentes de curto prazo são de produtos de difícil fabricação, dificultando a entrada de produtos genéricos. “Em termos de diversificação a companhia conta com o maior e mais amplo portfólio de produtos de saúde e cuidados pessoais do mundo, com posicionamento global relevante. No campo da tecnologia médica, os constantes avanços científicos podem oferecer novas avenidas de crescimento.” 

Já como riscos, os analistas destacam a forte competição em crescimento. “Além disso, a companhia conta com um cronograma modesto de novos medicamentos em estágio avançado para lançamento. Por fim, existem algumas ações legais que podem custar bilhões aos cofres da companhia. Do lado macroeconômico, caso a economia norte-americana consiga fazer um pouso suave, sem grandes danos à atividade, os investidores poderiam preterir segmentos mais defensivos por teses de crescimento.”

No 1T24, a empresa farmacêutica reportou uma receita de US$ 21,4 bilhões, um crescimento de 2,3% ano contra ano, em linha com as estimativas de Wall Street. Segundo a Avenue, uma das principais decepções relacionadas à receita veio em seu “medicamento estrela” para o tratamento da psoríase, o Stelara, que não cresceu na comparação anual, alcançando os US$ 2,45 bilhões (abaixo dos US$ 2,6 bilhões esperados pelo mercado). 

A divisão farmacêutica da J&J, superou as previsões, adicionando US$ 13,6 bilhões à receita com um crescimento de aproximadamente 1% ao ano, mesmo com suas vendas internacionais caindo cerca de 7% ao ano para US$ 6,0 bilhões, a divisão MedTech ficou aquém dos US$ 7,9 bilhões do consenso, gerando US$ 7,8 bilhões (+5% a.a.) – impulsionada por aquisições recentes, como a fabricante de bombas cardíacas Abiomed. “Ainda assim, o lucro líquido por ação de US$ 2,71 no trimestre superou as expectativas do mercado de US$ 2,64.”

Além disso, a gestão da empresa anunciou também um aumento de 4,2% no seu dividendo trimestral, o qual sobe para US$ 1,24 por ação por trimestre, acima dos US$ 1,19 anteriores – isso representa um dividend yield de 3,36% e terá o primeiro pagamento a 4 de junho.

UnitedHealth (UNHH34), a estabilidade

Outra gigante do setor de saúde que vale estar na carteira BDRs. A UnitedHeath Group (UNHH34) fornece planos e seguros de saúde, benefícios farmacêuticos e soluções tecnológicas e financeiras para parceiros do ramo de saúde. A empresa tem aproximadamente 465 bilhões de dólares em capitalização de mercado e receitas estimadas em 360 bilhões em 2023. Não obstante, a UNH provê serviços para mais de 40 milhões de pessoas e é a maior empresa de saúde dos EUA, quer mais?

“O caráter defensivo e estável da companhia a tornam uma opção interessante à medida que as incertezas macroeconômicas e os riscos de recessão seguem no radar dos investidores”, comentam os analistas da XP Investimentos.

Os resultados do 1T24

Mesmo registrando prejuízo, considerando os custos associados ao ataque cibernético e à venda das operações no Brasil, suas ações tiveram uma reação positiva, segundo a Avenue. A receita alcançou US$ 99,8 bilhões (+9% a.a.), superando as expectativas do mercado de US$ 99,26 bilhões. O fluxo de caixa operacional foi de US$ 1,1 bilhão, afetado em cerca de US$ 3 bilhões devido às medidas de resposta ao ataque cibernético sofrido. O lucro líquido por ação foi de US$ 6,91, após diversos ajustes. 

“No entanto, sem esses ajustes, os efeitos cambiais da venda das operações no Brasil, juntamente com os impactos adversos do ataque cibernético à subsidiária Change Healthcare, resultaram em um prejuízo líquido durante o período de US$ 1,41 bilhão, ou US$ 1,53 por ação.”

De acordo com a Avenue, a UnitedHealth Group destacou o desempenho positivo tanto da Optum, sua unidade de serviços de saúde e soluções de tecnologia, quanto da UnitedHealthcare. A UnitedHealthcare registrou receitas de US$ 75,36 bilhões (+7% a.a.) e a Optum alcançou receitas de US$ 61,05 bilhões, crescendo 13% ano a ano, com aumento em todas as suas frentes, Optum Health, Optum Insight e Optum Rx. A relação de despesas médicas (MCR) para o ano foi de 84,3%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, que foi de 82,2%, devido a reduções no financiamento do Medicare e outros fatores relacionados à segurança.

“Por fim, a UnitedHealth reafirmou seu guidance anual de lucro líquido ajustado de US$ 27,50 a US$ 28,00 por ação, apesar das especulações de Wall Street de que o impacto do hack poderia exigir um ajuste para baixo.”

Saiba o preço alvo, o potencial de valorização e quantas casas recomendam a compra dos BDRs ao longo dos movimentos e acontecimentos do mercado por aqui.

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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.
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Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.

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