Segundo o banco, a decisão reflete a persistente escalada inflacionária em ritmo superior à meta de 4%, diante de desequilíbrios entre oferta e demanda e encarecimento de commodities. Em janeiro, a taxa anual de inflação no país acelerou a 8,7% e, pelas estimativas do BoR, deve ceder à faixa entre 5% e 6% ao longo deste ano, antes de voltar à meta em meados de 2023.
A autoridade monetária atribui o movimento ao forte crescimento da demanda doméstica, que excede a capacidade de expansão da produção em vários setores. “Nesse contexto, as empresas acham mais fácil repassar custos mais altos, inclusive devido ao aumento dos preços globais, para os consumidores”, explica, citando também a crescente escassez de oferta de trabalhadores.
No curto prazo, a entidade vê como risco inflacionário a volatilidade nos mercados globais, “causada, entre outros fatores, por vários eventos geopolíticos”, que podem influenciar a taxa de câmbio e as expectativas de inflação. Os BCs desenvolvidos também têm apertado a política para lidar com o cenário. “Isso pode se tornar uma fonte adicional de maior volatilidade nos mercados financeiros globais, especialmente nos mercados emergentes”, analisa.
O BoR acrescenta que pretende acelerar a formação de “uma posição de política monetária apertada”, com objetivo de reduzir a inflação e limitar o impacto nos juros de longo prazo. “As condições monetárias mudaram de acomodatícias para neutras”, avalia.
O BC Russo projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá entre 2% e 3% em 2022; entre 1,5% e 2,5% em 2023; e entre 2,0% e 3,0% em 2024.
Clube Acionista
A maior cobertura para impulsionar sua carteira de investimentos
Agendas
Saiba quando as empresas vão pagar antes de investir.
Análises
Veja análises dos bancos e corretoras em um só lugar.
Carteiras
Replique carteiras dos bancos e corretoras para investir com segurança.
Recomendações
Descubra a média de recomendações de empresas e fundos.