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BB Seguridade (BBSE3): hora de investir após 1T24?

Sempre encabeçando o setor de seguros, a pagadora de bons dividendos BB Seguridade (BBSE3) é uma holding que concentra seus investimentos nos segmentos de seguros, previdência aberta, capitalização e planos de assistência odontológica por meio de parcerias privadas. No primeiro trimestre registrou um lucro líquido de R$ 1,84 bilhão, uma alta de 5% na comparação com o mesmo período de 2023. 

Segundo a Nord, o resultado foi impulsionado, pela Brasilseg (a parte mais relevante do grupo) e pela BB Corretora, que compensaram o desempenho mais fraco da Brasilprev nos primeiros três meses do ano.

Setor defensivo

Para o BTG Pactual, o setor de seguros é aquele que os investidores consideram defensivo e, dentro deste setor, “a BBSE destaca-se como excepcionalmente defensiva”.  Isso porque, segundo os analistas, a empresa está livre do risco de juros sobre o capital próprio (JCP), o risco de inadimplência está ausente, a margem é “impressionantemente” alta, o cenário competitivo é “favoravelmente benigno”, o histórico de boa governança corporativa está bem estabelecido e a empresa distribui 90-95% de seus lucros, minimizando assim o “risco de reinvestimento”. 

“Acreditamos que a BB Seguridade pagará mais do que seu valor de mercado em dividendos até 2033 (quando o acordo com o BB terminar), tornando-se uma das teses mais seguras para este ano. Negociando a um P/L 2024E de 8,0x (dividend yield de 11,3%), reiteramos nossa recomendação de Compra”, afirma o BTG.

Projeções superadas

Resultado financeiro combinado da BB Seguridade e de suas investidas atingiu R$ 221 milhões, uma queda de 35%, principalmente devido à variação negativa do resultado financeiro da Brasilprev, em função da contração dos índices de inflação e do resultado negativo de marcação a mercado pela abertura da curva de juros futuros, além de uma Selic menor.

Brasilseg

Os prêmios emitidos totalizaram R$ 4,29 bilhões, uma alta de 15%, com destaque para os seguros prestamista (+35%) e rural (+12%, com penhor rural subindo 54% e vida produtor rural, +28%). O lucro líquido da operação de seguros cresceu 12%, impulsionado pela evolução de 10% dos prêmios ganhos retidos e redução de 2,8 p.p. da sinistralidade. 

Brasilprev

As contribuições cresceram 13% e o índice de resgate atingiu 8,6%, contribuindo para um captação líquida de R$ 5,6 bilhões, quase três vezes maior na comparação anual. Ainda assim, o lucro líquido contraiu 30% devido ao resultado financeiro negativo em R$ 5 milhões.

Brasilcap

A arrecadação com títulos de capitalização subiu 16%, enquanto a receita com cota de carregamento subiu 8%. O lucro líquido da operação de capitalização cresceu 13%, o que é justificado pelo aumento de 33% no resultado financeiro do segmento, com expansão do saldo médio de ativos rentáveis e aumento da margem financeira.

BB Corretora

O lucro líquido da BB Corretora cresceu 12%, impulsionado pela evolução de 11% das receitas de corretagem, devido, principalmente, ao bom desempenho comercial no período; pela melhor de 0,5 p.p. da margem operacional, com redução de custos administrativos e pelo aumento de 10% no resultado financeiro, com redução nas despesas com dividendos. 

Segundo a Nord, o 1T24 foi mais uma demonstração de solidez, resiliência e expansão para a BB Seguridade. “A companhia, inclusive, se colocou à frente de todas as estimativas definidas em seu Guidance para 2024. Com sinistralidade menor do que a prevista para o seguro rural, o resultado operacional não-decorrente de juros cresceu 11% (vs. intervalo de 5% a 10%).”

Para o Itaú BBA, os resultados ficaram em linha com as estimativas. “O resultado total, no entanto, foi impactado pelos resultados financeiros. O BBA tem recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 37, um potencial upside de 12%.” 

Os analistas da Ágora veem os resultados como neutros, “já que não devem trazer alterações materiais nas expectativas de lucro em 2024”.  Além disso, destacam que as ações da BB Seguridade continuam oferecendo rendimento atrativo de dividendos em torno de 10% para 2024, “o que também deve suportar um colchão para as ações, especialmente no contexto do sentimento de aversão ao risco”. 

Resultado “morno”, mas bom operacional

Os analistas da Genial consideraram o resultado do 1T24 da BB Seguridade “morno” no que diz respeito ao lucro. No entanto, em contrapartida, segundo eles, o desempenho operacional “veio com boas tendências”. 

“Esperamos que os próximos trimestres apresentem uma performance melhor, especialmente devido à retomada do resultado financeiro da Prev, prevista para o segundo trimestre, com a normalização da diferença entre IPCA e IGPM, conforme indicado pela gestão”, comentam. 

Perspectivas

Conforme o relatório da Genial, para este ano todo, os analistas projetam um lucro de R$ 8,17 bilhões, o que representa um aumento de 6% em relação ao ano anterior. “Embora esse crescimento seja mais modesto em comparação com os 28% registrados em 2023, mas após o resultado do 1T24, acreditamos que exista uma maior probabilidade da BB Seg de surpreender positivamente ao decorrer do ano”, afirmam.

Além disso, eles consideram as ações da BB Seguridade sendo negociadas a níveis de valuation atrativos, com um P/L de 8,0x para 2024 e com um dividend yield de 10,9%. “Empresa está executando seu programa de recompra (buyback) de ações, indicando sua percepção de que o preço atual está abaixo do valor justo. Dessa forma, reiteramos nossa recomendação de comprar com preço-alvo R$ 44.”

Fique por dentro das recomendações dos analistas e da lista das as empresas em destaque para investir com foco nos dividendos. Veja por aqui.

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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.
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Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.

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