Entre os principais destaques estão:

• A base móvel de clientes caiu 4,1% no A/A, atingindo 52,8 milhões. A redução foi ocasionada pela diminuição do segmento pré-pago, que caiu 9,7% no período, enquanto o pós apresentou crescimento de 5,3%;

• A base de usuários 4G cresceu 8,3% no A/A, atingindo 38,6 milhões. Ao menos tempo, a base de clientes Tim Live ficou em 584 mil, aumento de 20,2%;

• A receita líquida permaneceu praticamente estável no 1T20, atingindo R$4.215 milhões. O segmento que apresentou maior crescimento de receita foi o serviço móvel, +9,4%;

• Os custos e despesas normalizados apresentou redução de 4,9% no A/A, ficando em R$ 2.289 milhões, como resultado de uma abordagem eficiente para encarar os desafios de curto prazo;

• O EBITDA normalizado atingiu R$1.926 milhões no 1T20, elevando 8% no A/A, enquanto a margem EBITDA normalizada cresceu 3,1p.p., ficando em 45,7%.

Por fim, a companhia conseguiu alcançar R$164 milhões de lucro líquido normalizado no período, avanço de 8,3% na comparação anual.

Impacto: Neutro. A companhia conseguiu apresentar impacto reduzido do coronavírus sobre a receita, atingindo venda de aparelhos, o segmento pré-pago e a provisão de PDD, mas com crescimento em EBITDA em linha com as expectativas do consenso.

PLANNER: TIM PART S/A (TIMP3) – Lucro líquido do 1T20 cresce 8,3% somando R$ 164 milhões

A companhia registrou bons resultados no 1T20 em relação ao 1T19 e redução no comparativo com o trimestre anterior.

O setor de telecomunicações vem passando por uma transformação nos últimos anos, com grandes investimentos tecnologia, melhorando a qualidade dos serviços e observando uma estagnação ou mesmo queda na rede de usuários. Com isso, a Tim vem conseguindo migrar do volume para serviços de maior valor agregado.

Alguns destaques operacionais:

• Crescimento de 20,2% a/a na base de clientes de UBL da TIM Live, totalizando 584 mil conexões;

• Sólido crescimento de 4,8% a/a no ARPU móvel, atingindo R$ 23,9;

• ARPU da TIM Live com crescimento robusto de 6,1% A/A, atingindo R$ 84,5;

• A oferta TIM Black Família atingiu a marca de ~ 500 mil clientes, contribuindo de forma positiva para a dinâmica de migrações para planos de maior valor;

• Liderança em cobertura 4G com 3.506 cidades, utilizando múltiplas frequências (700 MHz, 1,8 GHz, 2,1 GHz e 2,5 GHz) para crescer em capacidade;

• Cobertura 4G em 100% dos municípios do estado do Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo, que se juntam a São Paulo e Rio de Janeiro cobertos em sua totalidade com a tecnologia.

Receita líquida – No 1T20, a Receita Líquida foi de R$ 4,22 bilhões, crescimento de 0,6% comparado com o 1T19. A Receita Líquida de Serviços cresceu 1,7% A/A no 1T20, reduzindo o seu ritmo de expansão, após três trimestres consecutivos de aceleração do crescimento, impactada principalmente pelos desdobramentos da pandemia do COVID-19 a partir da segunda quinzena de março. A Receita Líquida de Produtos caiu 25,5% A/A no 1T20, refletindo a forte retração do mercado de aparelhos.

Despesas operacionais – Redução de 4,9% no a/a, somando R$ 2,29 bilhões no 1T20. A queda reflete o controle de custos e eficiência em múltiplas frentes. Excluindo-se o Custo das Mercadorias Vendidas, o Opex normalizado registrou queda de 3,5% A/A comparado com o 1T19, a despeito da inflação registrada no período (IPCA 12M; 3,3%).

EBITDA normalizado – Aumento de 8,0%, somando R$ 1,92 bilhões, refletindo controles de custos e despesas, aumento da receita móvel e o crescimento da Receita com Serviço fixo refletindo a aceleração da TIM Live.

Resultado Financeiro Líquido do 1T20 – Negativo em R$ 255 milhões, o que representa uma melhora de R$ 8 milhões quando comparado ao 1T19. Fluxo de Caixa Operacional Livre (FCOL) – Negativo em R$ 396 milhões, uma redução de R$ 71 milhões comparado ao 1T19. Este resultado reflete principalmente o aumento do Capex, em função de uma base comparativa reduzida no mesmo período de 2019.

Capex – O Capex totalizou R$ 904 milhões, crescimento de 39,1% comparado ao 1T19. O aumento é explicado, principalmente, pelo menor nível de Capex no 1T19 que representou apenas 17% do total de investimentos no ano. Os investimentos continuam sendo destinados à infraestrutura (superando 90% do total), principalmente a projetos de TI, tecnologia 4G através do 700MHZ, rede de transporte e expansão do FTTH (que recebeu aproximadamente 15% do total dos investimentos realizados no 1T20).

Endividamento – No 1T20, a Dívida Líquida totalizou R$ 8,53 bilhões, alta de R$ 1,05 bilhão sobre o 1T19 quando a dívida líquida foi de R$ 7,48 bilhões.

Este aumento é explicado pelo maior volume de leasings, em função do maior número de contratos de aluguel e compartilhamento de infraestrutura, classificados como arrendamento mercantil financeiro sob o IFRS 16.

A relação Dívida Líquida/EBITDA ficou em 1,03x no trimestre. Desconsiderando os leasings financeiros associados à adoção do IFRS 16, a relação Dívida Líquida/EBITDA ficou em 0,28x no trimestre, uma redução comparada aos 0,35x do 1T19.

Financiamentos – Os financiamentos da TIM são compostos, principalmente, por Debêntures e financiamentos com bancos privados. Aproximadamente 38% dos financiamentos são denominados em moeda estrangeira (USD e EUR), sendo totalmente protegidos por hedge para moeda local. O custo médio da dívida excluindo o leasing foi de 4,5% a.a. no trimestre, uma redução quando comparado ao custo de 7,6% a.a. do 1T19.

A Dívida Bruta do 1T20 ficou em R$ 10,16 bilhões, um crescimento de R$ 1,01 bilhão a/a. A aumento reflete o reconhecimento de leasing no valor total de R$ 8.013 milhões (relacionado à venda de torres, projeto LT Amazonas e contratos de arrendamento com prazo superior a 12 meses, conforme estabelecido pelo IFRS 16) e a posição de hedge no valor de R$ 318 milhões (reduzindo a dívida bruta).

No final do trimestre, as posições de Caixa e Títulos de Valores Mobiliários totalizaram R$ 1,63 bilhão, registrando redução de R$ 38 milhões A/A. Para 2020, as amortizações programas somam R$ 1,1º bilhão. Para reforço de caixa a empresa contratou R$ 574 milhões em abril e mais um stand by de R$ 2,25 bilhões.

Ontem a ação TIMP3 encerrou cotada a R$ 13,90 com queda de 107% no ano. Neste ano, a ação variou de uma cotação mínima de RR 11,70 para R$ 17,62 na máxima. A média projetada pelo mercado é de R$ 17,90 como preço justo.

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