Os resultados financeiros dos três maiores bancos privados do Brasil são impressionantes: R$ 74,8 bilhões em lucro líquido. Neste cenário, Itaú (ITUB4), Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4) registraram um crescimento de 22,1% em 2024 em comparação ao ano anterior, de acordo com levantamento feito pelo Estadão.
Desempenho sólido, mas futuro incerto
Esse desempenho positivo foi impulsionado pelos crescimentos do crédito, mas isso pode mudar em 2025. Especialistas alertam que o cenário econômico atual, marcado por expectativa de aumento da taxa de juros e uma possível desaceleração, pode afetar a continuidade desse ritmo. A alta da Selic, que pode chegar a 15,75%, deverá impactar a renda das famílias e, consequentemente, a demanda por crédito.
Itaú se destacou com um crescimento de 15,5% na carteira de crédito, beneficiado pela valorização do câmbio, que também elevou o saldo em dólares. Além disso, o banco focou em clientes com melhor capacidade de pagamento, especialmente em suas linhas de cartões de crédito voltadas para a classe média e alta, com aumento de 4,9% em comparação ao último trimestre de 2023.
Estratégias em destaque
No caso do Santander, a aposta se concentrou em aumentar sua participação nas linhas de crédito para automóveis, que cresceu 20%. O banco procurou expandir vendas cruzadas de produtos financeiros para seus correntistas, solidificando o cliente na base.
Já o Bradesco viu um crescimento na margem financeira líquida de 32,7%, decorrente da redução de suas provisões contra a inadimplência, ao passo que o gestor do banco exalta o controle de riscos como prioridade. Isso dá uma perspectiva de confiança sobre os empréstimos concedidos, mesmo em um cenário desafiador.
Expectativas para o próximo ano
Para 2025, os resultados tenderão a apresentar crescimento mais modesto. O Itaú, por exemplo, projeta uma alta de até 8,5% em sua carteira de crédito, mas com uma margem financeira crescente que deve alcançar 11,5%. O Santander não confirma metas numéricas, mas já deixou claro que permanecerá cauteloso.
O Bradesco, por sua vez, espera uma expansão entre 4% e 8%, refletindo um mercado mais conservador. Segundo analistas, a deterioração do cenário macroeconômico e a alta na Selic devem impactar o potencial de crescimento do crédito e a rentabilidade dos bancos. O aumento nas provisões contra inadimplência também é uma tendência esperada entre as instituições.
Reflexões para investidores
Neste contexto, é vital que investidores acompanhem atentamente as diretrizes e as orientações dos bancos para 2025. As projeções mais conservadoras destacam a importância de uma análise cuidadosa antes de tomar decisões de investimento. O ambiente econômico e a saúde do setor bancário poderão influenciar diretamente a valorização de suas ações nos próximos trimestres.
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