Água e óleo não se misturam. Qualquer criança aprende isto na escola. Mas os adultos às vezes esquecem, por isso é bom “acionar as antenas” e ficarmos todos ligados. O descarte incorreto prejudica o meio ambiente de uma forma absurda: um litro de óleo descartado na natureza pode contaminar 25.000 litros de água (segundo a Sabesp – companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Não adianta “jogar de pouquinho” o óleo pela pia, tanque ou vaso sanitário, porque o resíduo vai se acumulando nos canos, retendo outros materiais, até provocar um “infarto” no sistema de esgoto, tal qual acontece em nosso corpo com o consumo exagerado de gorduras (frituras, em especial). E reutilizar, então? Menos ainda… pois a reutilização aumenta a formação de acroleína, o que potencializa o risco de doenças – como o câncer, diabetes, arteriosclerose etc, como mostra o Hospital São Lucas, https://hslgv.com.br/ em sua home page).

Cuidar do meio ambiente é cuidar da saúde de todos nós, por óbvio que pareça. Com o olhar aguçado dos agentes reguladores de mercado e, sobretudo, o investidor que cobra posturas mais honestas hoje em dia, os bancos passaram a liberar créditos vinculados a metas ESG (práticas ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês).

Neste mês de setembro, o Santander Brasil concedeu um novo financiamento de R$ 90 milhões vinculado a compromissos ESG à Be8, a título de exemplo. Trata-se da terceira operação desta natureza entre o banco e a empresa desde julho do ano passado. As anteriores somaram R$ 100 milhões em recursos, ora investidos no aperfeiçoamento das operações da empresa, maior produtora de biodiesel do Brasil. A contrapartida desta nova transação foi a utilização de ao menos 20.000 toneladas de volume de óleo de cozinha usado (UCO, na sigla em inglês) para a produção de biodiesel em 2023, o que representa uma elevação de 48% em relação ao volume de 2022.

A utilização do UCO na produção do biodiesel proporciona dois benefícios ambientais simultâneos: além de aproveitar o material (frequentemente descartado de maneira incorreta), as emissões de gases efeito estufa (GEE) do biodiesel produzido com UCO podem ser até 40% inferiores ao produzido com óleo de soja virgem e até 80% menores que as do diesel convencional, de acordo com análise interna da Be8.

O Santander, que carrega parte do DNA do incorporado Banco Real, é pioneiro em empréstimos atrelados a metas de sustentabilidade no Brasil. E que venham novas operações vinculadas a metas ESG, de quaisquer fontes de financiamento, evitando que o país enfarte por falta de veias (e vias) sadias.

CONSCIÊNCIA

Se você tem consciência que também é responsável por cuidar do planeta, mas não sabe onde descartar o óleo usado, fica a dica aqui.

Após utilizar o óleo, deixe esfriá-lo por pelo menos 30 minutos. Com a ajuda de um funil, coloque o material em uma garrafa de plástico e feche bem para evitar vazamentos, odores e insetos. Quando armazenar uma boa quantidade, leve as garrafas a um ponto de coleta. Neste site (da Abiolve) existem 2653 pontos cadastrado em todo o país: https://www.oleosustentavel.org.br/pontos-de-entrega

TRANSIÇÃO  

“O anúncio do lançamento da Aliança Global dos Biocombustíveis (GBA, na sigla em inglês) durante o encontro de Cúpula do G20, reconhece internacionalmente o nosso etanol e o biodiesel como soluções imediatas para a transição energética, com benefícios sociais e econômicos”, comemora o presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), Francisco Turra. Esta aliança reúne 19 países e 12 organizações internacionais e seguirá aberta a novas adesões.

A entidade nacional  enxerga pontos da declaração conjunta do G20 alinhados à pauta defendida pelo setor de biodiesel brasileiro. “Nós reforçamos que uma transição energética justa pode melhorar o emprego e os meios de subsistência e reforçar a resiliência econômica do país. Somos um modelo de desenvolvimento sustentável, inclusivo e justo, e assim pretendemos apoiar o cumprimento do Acordo de Paris e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, destaca a Aprobio, em nota.

INOVAÇÃO

No dia 30 próximo a simpática cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo, receberá um evento diferente, misturando música e inovação. Lendas do rock como Matt Sorum (Guns n Roses/Velvet Revolver), Steve Stevens (Billy Idol), Glenn Hughes (Deep Purple) e Robin Zander (Cheap Trick) estarão tocando e falando com o público sobre temas atuais.

De acordo com a organização, o diálogo será sobre tecnologias e inovações de impacto social e ambiental na segunda edição do Sthorm Festival. 

INOVAÇÃO 2

Os roqueiros do Sthorm estarão acompanhados de pesquisadores locais e internacionais, e formadores de opinião, como Bob Richards, discípulo de Carl Sagan e cofundador da Space University e da Singularity University, e Scott Bagby, pioneiro de mercado que construiu e liderou as equipes de arquitetura e expansão de soluções revolucionárias, como o Skype.

A proposta do festival é de Pablo Lobo, ativista digital e fundador da Sthorm – um centro de inteligência brasileiro que se dedica ao desenvolvimento e às descobertas científicas para resolver problemas globais. Um dos exemplos é o projeto ViralCure, plataforma que apoia iniciativas disruptivas de saúde e que chamou a atenção no auge da pandemia de Covid-19 ao arrecadar R$ 31 milhões em financiamento alternativo para ajudar o Hospital das Clínicas, em São Paulo.

PORTOS

Para somar esforços à economia de baixo carbono, o Complexo de Suape promoveu, na última semana, o evento “Suape na Rota da Descarbonização”, na sede da estatal, em Pernambuco. Na ocasião, foram divulgados os planos de ação climática, documentos elaborados em parceria com o Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), que contém propostas de mitigação e adaptação às mudanças do clima para o território estratégico, composto pelos municípios de Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Moreno, Jaboatão dos Guararapes, Escada, Sirinhaém, Ribeirão e Rio Formoso e para a zona industrial. A pauta segue alinhada com a Agenda ESG.

Durante o evento, o professor Rômulo Menezes, da Associação Plantas do Nordeste, apresentou os resultados do inventário do estoque de carbono na Zona de Preservação Ecológica de Suape (ZPEC). Na área estudada, de 6.500 hectares, foi constatada a presença de 1.827.211 toneladas de carbono estocado, destacando-se 35,2% desse estoque na área de mata e 32,2% em área de mangue (de fundamental importância).

PORTOS 2

Os portos de Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas, no estado gaúcho, movimentaram 13 milhões de toneladas de cargas nos quatro primeiros meses deste ano. Os resultados foram divulgados pela Gerência de Planejamento e Desenvolvimento da Portos RS, destacando o crescimento de 800% nas exportações de gado vivo entre janeiro e julho deste ano em comparação com o mesmo período de 2022.

Computado o primeiro semestre deste ano, os portos do Rio Grande do Sul registraram variação positiva em diversos itens, com a movimentação total de mais de 20 milhões de toneladas de produtos, transportados por 1.800 embarcações.

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