O Banco Santander (Brasil) registrou no 1T20 um lucro líquido gerencial, de R$ 3,85 bilhões (ROAE de 22,3%), com crescimento de 3% em base trimestral e de 11% ante os R$ 3,49 bilhões do 1T19 (ROAE de 21,1%); um resultado acima do esperado impactado positivamente pelo crescimento de 10% da Margem Financeira Líquida, impactada pelo aumento de PDD e por incremento na margem com clientes, resultado de maiores volumes e mix. Do lado negativo, em base de 12 meses, destaque para a redução de 1% das receitas de serviços; para o crescimento de 19% das Despesas com PDD; e o incremento de 3,7% das despesas gerais
(pessoal/administrativas).
Seguimos com recomendação de COMPRA para SANB11 que ao preço de R$ 24,42/Unit (valor de mercado de R$ 91,6 bilhões) registram queda de 48,6% este ano. Nesse preço o banco está sendo negociado a 1,3x o seu valor patrimonial.
A inadimplência se manteve controlada, com leve acréscimo em base trimestral, passando de 2,9% no 4T19 para 3,0% no 1T20 influenciado pela alta no segmento de pessoa jurídica. Ao final de mar/20 o índice de cobertura era de 194% abaixo de 208% em dez/19 e a inadimplência acima de 60 dias de 3,6% abaixo de 3,7% no 4T19. O índice de eficiência terminou o 1T20 em 37,2% melhor que 39,0% do 1T19.
A carteira de crédito ampliada cresceu 7% no trimestre e 20% em 12 meses para R$ 463,4 bilhões. O patrimônio líquido era de R$ 70,0 bilhões para um índice de Basileia de 13,8%.
O Conselho de Administração do Santander aprovou, em reunião realizada ontem (27/abril), o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 890,0 milhões, o equivalente a R$ 0,23879718974 por unit. O pagamento será feito com base na posição acionária de 7 de maio e, a partir do dia 8 de maio, as ações serão negociadas “ex” juros. O crédito aos acionistas será realizado em 26 de junho. O retorno líquido estimado é de 0,83%.
GUIDE INVESTIMENTOS: SANTANDER BR (SANB11) divulga resultados do 1T20
O Santander divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2020. Segundo o banco, os impactos do Covid-19 na economia brasileira foram bem relevantes; impactando não só a demanda do curto prazo, mas prejudicando uma agenda reformista que vinha a beneficiar estruturalmente o país no longo prazo.
Quanto as operações, o Santander apresentou receitas totais de R$17.138 milhões, alta de 8,4% na comparação anual e redução de 1,6% comparado ao último trimestre. As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias fecharam o primeiro trimestre em R$4,48 bilhões, queda de 1% na comparação com os três primeiros meses de 2019 e 6,7% frente ao quarto trimestre.
A margem financeira bruta totalizou R$12.655 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 12,1% em doze meses, em função do incremento na margem com clientes, resultado de maiores volumes e mix. Em três meses, a margem financeira apresentou crescimento de 0,4% decorrente de maiores ganhos da margem com mercado.
As despesas gerais alcançaram R$5.293 milhões no primeiro trimestre, alta de 3,7% no ano, mas inferior ao crescimento das receitas. Nos últimos três meses, as despesas caíram 6,8% decorrente da redução das despesas administrativas e pessoal.
O resultado de crédito de liquidação duvidosa cresceu significativamente no período. O valor atingiu R$ 3.424 milhões, incremento de 19,2% em doze meses e 14,8% em três meses.
O lucro líquido gerencial do banco fechou o primeiro trimestre em R$3.853 milhões, crescimento de 10,5% em doze meses e 3,4% em relação ao trimestre anterior. O valor também ficou levemente acima das expectativas de mercado.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE), ajustado pelo ágio, atingiu 22,3% no primeiro trimestre, alta de 1,2 p.p. em doze meses e 1,0 p.p. em três meses.
A carteira de crédito ampliada atingiu R$ 463,393 bilhões, alta de 7,1% em relação a dezembro e 19,8% a março de 2019. O movimento reflete o impacto da corrida por liquidez deflagrada por empresas e pessoas físicas no início da crise.
A inadimplência apresentou leve piora na comparação com o quarto trimestre, chegando a 3% vs. 2,9% anteriormente.
Impacto: Positivo. O Santander apresentou um resultado sólido, com crescimento de receita, carteira de crédito e baixa inadimplência, mesmo em meio à crise atual. Entretanto, será necessário manter atenção ao resultado de crédito de liquidação duvidosa que apresentou grande crescimento no primeiro trimestre de 2020 e poderá refletir em maior inadimplência no decorrer do ano.