O conselho de administração do Banco do Brasil (BBAS3) aprovou o pagamento de R$ 2,676 bilhões em proventos, distribuídos entre R$ 1,90 bilhão em juros sobre o capital próprio (JCP) e R$ 776 milhões em dividendos.

Os valores por ação serão:

  • R$ 0,34 em JCP.
  • R$ 0,130 em dividendos.

Acionistas que desejarem receber os valores devem possuir as ações até o dia 11 de março de 2025.

A partir do dia 12 de março, os papéis serão negociados “ex-proventos”.

O pagamento foi previsto para 20 de março de 2025.

Banco do Brasil (BBAS3) registra lucro líquido de R$ 9,6 bilhões no 4º tri

O Banco do Brasil (BBAS3) fechou o quarto trimestre de 2024 com um lucro líquido ajustado de R$ 9,6 bilhões, um avanço de 1,50% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O resultado veio acima das projeções do mercado financeiro, que estimavam um ganho de R$ 9,2 bilhões, de acordo com um levantamento da Bloomberg.

No acumulado de 2024, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 37,90 bilhões, um crescimento expressivo de 6,6% em relação ao ano anterior.

De acordo com o Banco do Brasil (BBAS3), esse desempenho foi impulsionado principalmente pelo crescimento da margem financeira bruta, aumento das receitas de prestação de serviços e um rígido controle das despesas administrativas, que se mantiveram abaixo da inflação.


Rentabilidade do Banco do Brasil (BBAS3) se mantém entre as maiores do setor

Apesar dos números positivos, o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) do banco registrou uma leve desaceleração, para 20,8% no quarto trimestre de 2024, contra 22,5% no mesmo período do ano anterior.

O desempenho, no entanto, manteve a estatal como o segundo banco mais rentável entre os grandes do país, atrás apenas do Itaú (ITUB4), que encerrou o período com um ROE de 22,0%.

A título de comparação, o Santander Brasil (SANB11) apresentou um ROE de 17,30%, enquanto o Bradesco (BBDC3)(BBDC4) permaneceu na última posição, com 13,00%.

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, destacou a solidez da estratégia da instituição:

Entregamos pelo segundo ano consecutivo nosso guidance, fruto da qualidade da nossa estratégia e da disciplina na sua execução. Apoiamos nossos clientes, reforçamos nossas lideranças e estamos prontos para alcançar novos patamares.


Inadimplência no setor de Agronegócio pressiona números do Banco do Brasil (BBAS3)

O índice de inadimplência acima de 90 dias registrou uma alta relevante, e fechou dezembro de 2024 em 3,32%.

O avanço foi influenciado, principalmente, pelo setor de Agronegócio, que apresenta sinais de deterioração desde o segundo trimestre do ano.

O crédito agropecuário sofreu um impacto de 48 pontos-base no trimestre, reflexo de um cenário econômico mais adverso, que afetou diretamente o fluxo de caixa dos produtores rurais.

A crise de inadimplência no setor tem se intensificado, com um crescimento significativo de 39,00% nos pedidos de recuperação judicial, de acordo com dados da Monitor RGF.

Por outro lado, a provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) registrou uma queda de 7,2%, ao total de R$ 9,26 bilhões. Entretanto, a despesa com provisões ampliada ao longo do ano subiu 16,90% em comparação com 2023, o que demonstra um cenário ainda desafiador.

Enquanto concorrentes reduziram ou estabilizaram os índices de inadimplência, o Banco do Brasil (BBAS3) segue na contramão e lida com desafios mais intensos nesse segmento.


Crescimento da margem financeira e avanço no crédito impulsionam resultados

A margem financeira bruta do Banco do Brasil (BBAS3) cresceu 3,6% na base de comparação anual, a R$ 26,8 bilhões.

O avanço foi impulsionado por um salto na margem com mercado e um crescimento de 1,10% na margem com clientes.

Já a margem líquida encolheu 2,30% no mesmo período, e fechou em R$ 15,8 bilhões.

Os principais fatores que impulsionaram o crescimento da margem foram:

  • Acréscimo de 5,6% nas receitas financeiras, e destes 4,8% são provenientes de operações de crédito e 8,5% são de tesouraria.
  • Crescimento de 8,30% nas despesas financeiras, impactadas pelo aumento de 7,6% nas despesas de captação comercial.

A receita com prestação de serviços apresentou um desempenho positivo, ao total de R$ 9,2 bilhões no trimestre, um aumento de 1,10% frente ao trimestre anterior.

Os destaques foram:

  • Crescimento de 36,30% em operações de crédito e garantias.
  • Salto de 88,80% em rendas do mercado de capitais.
  • Expansão de 11,60% na administração de fundos ao longo do ano.

Já a carteira de crédito ampliada, que engloba títulos, valores mobiliários privados e garantias, chegou a R$ 1,30 trilhão em dezembro de 2024, uma alta de 15,30% em 12 meses e 6,10% na comparação com o terceiro trimestre de 2024.

Os principais destaques do crédito foram:

  • Pessoa Física (PF): crescimento de 2,4% no trimestre e 7,30% em 12 meses, a R$ 336,0 bilhões.
  • Crédito consignado: alta de 1,10% no trimestre e 9,8% no acumulado de 12 meses.
  • Carteira de Agronegócio: avanço de 2,90% no trimestre e 11,90% no ano, a R$ 397,70 bilhões.

No guidance, Banco do Brasil (BBAS3) projeta um crescimento moderado e lucros de R$ 41,0 bilhões em 2025

O Banco do Brasil (BBAS3) prevê uma desaceleração do crescimento da carteira de crédito em 2025, com projeção de alta entre 5,50% e 9,50%, abaixo dos 15,30% registrados em 2024.

Já o lucro líquido esperado para o ano chega a R$ 41,0 bilhões, enquanto a perda esperada pode chegar a R$ 42,0 bilhões.

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