Conforme a nossa cobertura dos analistas presentes no Clube Acionista sobre a B3 (B3SA3), o BB Investimentos justifica o “sem grandes surpresas”. Dizendo que a continuidade do ciclo de cortes nas taxas de juros doméstica no primeiro trimestre “não foi suficiente para retomada de apetite ao risco dos investidores, que acompanharam dados de inflação e mercado de trabalho mais resilientes na economia americana, resultando no adiamento da decisão pelo corte de juros por lá”.
Entretanto, os analistas do BB acreditam em uma retomada gradativa do volume de transações no segmento listado, sem grandes alavancas no curto prazo.
“Nossa recomendação se baseia na estrutura de fontes de receitas diversificada da B3, que novamente se mostrou relevante para minimizar o impacto na queda de receita do seu principal segmento. Assim, acreditando em um cenário mais favorável para retomada do volume de negócios e continuidade de evolução dos demais segmentos, reiteramos recomendação de compra para B3SA3, com preço-alvo de R$ 14,60 para o final de 2024.”
Expectativas
Para a Genial, as perspectivas estão menos animadoras para o ano de 2024, entretanto seu analistas consideram que as ações da B3 já refletem essas expectativas, negociando a um múltiplo P/L de 14,0x para 2024, enquanto os pares internacionais são negociados em torno de 20x P/L para o mesmo período.
“Acreditamos que o início do ciclo de corte de juros nos Estados Unidos pode ser um catalisador positivo para as ações da B3. Portanto, reiteramos nossa recomendação de comprar, com um preço-alvo de R$ 13,80”.
Números da B3
- Receita total: R$ 2,47 bilhões
- Lucro líquido recorrente: R$ 1,13 bilhão
- Volume médio diário negociado (ADTV) em ações: R$ 23,6 bilhões
- Despesas: R$ 927 milhões, alta de 8,8% em relação ao 1T23
- Proventos: distribuições no trimestre totalizaram R$ 528,6 milhões, sendo R$ 236,1 milhões em recompras de ações e R$ 292,5 em juros sobre capital próprio, pagos em abril.