Confira a análise do BB Investimentos referente a B3 (B3SA3) que faz parte da Seleção BB 2023. Dessa forma, os analistas do banco destacaram que ainda que com desempenho atrelado à profundidade de liquidez da bolsa, acreditam que a capacidade de diversificação de receitas e geração de caixa pode impulsionar as ações da B3 em 2023.
B3 (B3SA3) deve continuar dominando o mercado
De acordo com o BB, mesmo sendo colocada em xeque com a subida dos juros a patamares de dois dígitos, a B3 demonstrou sua força e capacidade operacional ao continuar entregando forte geração de caixa e lucro líquido em 2022. Os analistas do BB interpretam o momento da B3 como de superação de um ciclo de baixa, para navegar em um forte ciclo de alta no médio/longo prazo.
Segundo o BB, na possibilidade de um cenário positivo para a renda variável em 2023, a B3 deve continuar dominando o mercado e potencializando ainda mais seus resultados. Não obstante, a atuação em diferentes mercados, que vão além da bolsa de valores representa um importante mecanismo de “defesa” da B3. Na opinião dos analistas do BB, funciona como uma espécie de hedge natural que, na possibilidade de um cenário mais adverso, ainda pode fazer crescer suas receitas e compensar, mesmo que parcialmente, as possíveis quedas do segmento listado.
Riscos
Por fim, os analistas do BB identificaram alguns riscos no investimento:
(i) Cenário macro: ambiente inflacionário global, conflitos geopolíticos, elevação das taxas de juros acima do previsto nas principais economias do mundo (ou sua permanência em patamar elevado por mais tempo do que o esperado) e demais fatores capazes de gerar aversão a risco aos investidores podem prejudicar o fluxo de capital destinado à renda variável e o volume financeiro negociado em bolsa, impactando a principal fonte de receita da B3.
(ii) Competição: entrada de novos players no mercado brasileiro de ações, atuação de players internacionais, desenvolvimento de novos modelos de negócio, evolução de novas tecnologias e mudanças regulatórias que estimulem a competição podem conduzir os participantes do mercado a novos ambientes e serviços, em substituição aos oferecidos pela B3.
(iii) Risco jurídico: perda em ação referente a contratos futuros de dólar de 1999, no valor de R$ 33,4 bilhões (atualizado em dez/21).