Após aprovar a transferência do controle da companhia, com a consequente incorporação de ativos da REAG Investimentos como subsidiárias da Azevedo e Travassos SA, os primeiros frutos dessa nova fase da empresa começam a aparecer.

Primeiramente, ao incorporar a MKS Soluções Integradas como sua subsidiária, a companhia passou contar com um reforço na ordem de R$400Mi no caixa, além de “herdar” seus contratos, backlog e pipeline.

Por outro lado, com a incorporação da Congem Investimentos como subsidiária, houve também a promessa de que a empresa passaria a atuar em concessões, gerando recorrência de receita e possibilitando aceleração da verticalização das suas operações.

Não demorou e, menos de 3 meses após a aprovação da incorporação dos ativos da REAG, a empresa informa que, através de sua nova subsidiária, foi declarado vencedor do leilão da concessão rodoviária do Lote CN 1 (Rota Verde), promovido pela União por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Concessão esta que possibilitará um incremento de, pelo menos, 10 bilhões de reais nos próximos 30 anos.

A companhia informou que é majoritária no consórcio, sendo este composto pelo FIP Aviva, da Cia, (com participação de 80%), e pela Tecpav Tecnologia e Pavimentação (20%).

Sobre a Rota Verde

De acordo com dados publicados no Hub de Projetos do BNDES, o lote rodoviário possui trecho da rodovia BR-060/GO com início no município de Goiânia e final em Rio verde. O trecho BR-452/GO/MT com início em Rio Verde e final em Itumbiara. Com 426 quilômetros de extensão o lote é totalmente pavimentado, com aproximadamente 193 quilômetros em pista simples e 233 quilômetros em pista dupla, com cronograma abaixo descrito:

O principal destaque se dá pelo fato de que não será necessário o consórcio contratar uma empresa terceirizada para execução das obras, pois estas serão executadas pelo próprio setor de infraestrutura da companhia.

Em suma, o projeto contempla dados como:

É importante destacar que o investimento necessário para a construção poderá vir através de financiamento com linhas de crédito especiais ofertadas pelo BNDES, que foi o responsável pela elaboração do estudo e Road Show, junto à ANTT, sendo o financiamento posteriormente auto financiado, com o início das receitas provenientes das praças de pedágio.

Através do estudo, o BNDES projeta o recebimento de receitas tarifárias já no segundo ano de contrato, com progressão que aponta receita inicial próxima a R$350 milhões já em 2026, conforme gráfico a seguir:

Novos contratos, maiores margens

Como parte do processo de reestruturação da empresa, uma das estratégias é a de seleção de contratos com maiores margens. Nessa linha, além do leilão acima descrito, no dia 18 de novembro de 2024 a companhia informou ao mercado que, através de consórcio da qual é integrante, venceu licitação para construção de ponte no Rio São Francisco, por R$ 158,5 milhões, projeto este que inclui a construção de uma ponte de 1.120 metros de extensão e 13,80 metros de largura, além da pavimentação de uma variante de acesso de 3,06 km.

Sendo ainda noticiado, no dia 13 de dezembro de 2024, pelo DER-MG, a ordem de início para retomada da construção da ponte, sendo este um novo projeto a ser iniciado imediatamente.

Ainda no quesito backlog, a companhia conta com contrato assinado pela Azevedo e Travassos Infraestrutura com a Equinor pelo montante de R$500 milhões. Contrato este que se encontra em fase inicial e a partir do próximo ano já apresentará receitas mais relevantes à companhia.

Uma nova Azevedo e Travassos

É indiscutível o período nebuloso vivido pela empresa até 2020, quando não se via perspectivas de volta por cima, porém é também incontestável que as ações adotadas pela equipe liderada por Gabriel Freire, que há 4 anos assumiu o controle da companhia, estejam entregando os resultados prometidos.

Durante o processo de reestruturação (turnaround), contratos com margens baixas foram encerrados e a companhia passou a focar em contratos que lhe possibilitassem ter maior rentabilidade e, consequentemente, melhores resultados. Tal processo é lento, principalmente por contar com ciclos de projeto.

Diante disso, hoje a Azevedo e Travassos S.A. se apresenta como uma nova empresa, com uma nova estrutura de capital e com uma construção de contratos que lhe permite maior segurança e previsibilidade de receitas.

Por tudo isso, é possível afirmar que o momento atual vivido pela companhia possa ser a virada da famosa “curva J”, onde a empresa, com valor de mercado atual de aproximadamente R$200 milhões, se apresenta ao mercado com backlog de aproximadamente R$11 bilhões, além de uma operação inteira de petróleo em ramp up e a ser precificada.

Com isso, fica o questionamento: seria a Azevedo e Travassos S.A. uma das maiores oportunidades de multiplicação exponencial de patrimônio da bolsa de valores atualmente?

Sobre o Autor:

Christian Lima – CEO da Lima Engenharia, engenheiro, atua no setor de construção civil há 14 anos e no mercado de importação.

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