Criada para produzir sistemas e equipamentos de uso militar, em uma época em que a Guerra Fria atingia o seu auge, no início dos anos 1960, a Avibras voltou a pedir recuperação judicial, na última sexta, 18. O pedido anterior durou de 2008 a 2010 e este, agora, tem valor estimado de R$ 570 milhões (saldo de dívidas acumuladas nos dois últimos anos, mais um fôlego pro caixa). A companhia continuará operando Instalada no Polo Aerospacial de Tecnologia (a 100 Km da Capital de São Paulo, junto do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, da Embraer etc) atualmente faz sistema lançador de foguetes, mísseis (Astros-2020) e veículos blindados leves e outros equipamentos para o Exército brasileiro e a Aeronática, além de exportar para alguns países vizinhos, na América Latina, mais clientes da Ásia e, sobretudo, para o Oriente Médio.  

Ao anunciar o registro do pedido de recuperação — alegando que os negócios caíram brutalmente na pandemia, uma vez que governos de todo o mundo passaram a privilegiar a saúde, em detrimento da defesa –, a companhia aproveitou e demitiu 420 funcionários (do quadro total de 1.320). Com isto acionou o gatilho trabalhista. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos emitiu nota, dizendo-se surpreso com o processo, e pede a recontratação dos 420 trabalhadores. Mais que isso, os metalúrgicos pedem a estatização da Avibras considerando-a empresa de “atividade estratégica para a soberania do país”. A companhia é fundada por engenheiros do ITA e tem capital privado (embora use a terminação “bras”, que caracterizou as estatais brasileiras).

“Essa é a maior empresa brasileira de equipamentos militares, portanto não pode ficar nas mãos do capital privado. Da mesma forma, o governo não pode continuar injetando dinheiro em uma empresa que gera lucros para os acionistas. O caminho é a estatização, sob controle dos trabalhadores”, afirma o presidente do sindicato, Weller Gonçalves. 

Como se vê, trata-se de um tema aparentemente superado mas… não podemos nos esquecer que, resuscitado em ano eleitoral, pode render “milhas e milhas”…  

REFINARIA
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado promoverá, na quarta-feira (23), audiência pública interativa para debater a venda de Refinaria da Petrobras (PETR4), localizada no Estado do Amazonas, informa a Agência Senado.

A reunião será às 9h, semipresencial, com participação da pesquisadora do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Carla Ferreira; do coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM), Marcus Ribeiro, além do coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar; e do analista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cloviomar Cararine. Segundo o senador Plínio Valério (PSDB-AM), o contrato de negociação da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) e seus ativos logísticos foi assinado em agosto de 2021, por R$ 994 milhões.


DOR
Diz o velho adágio que se não for por amor, então que seja pela dor. Ao menos é o que parece representar o plano da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) lançado na sexta, 18, para economizar petróleo. A medida lista 10 ações (entre as quais trabalhar ao menos 3 dias por semana em home office e reduzir em 10 km/h a velocidade média do seu carro no trânsito).
De acordo com a IEA, se os países ricos cumprirem à risca as recomendações, por quatro meses, o mundo economizará 2,7 milhões de barris/dia de petróleo. Algo substancial, depois da invasão da Ucrânia e a crise gerada no consumo internacional. 
 
CARBONO
O BNDES fará sua primeira aquisição em crédito de carbono, no valor de R$ 10 milhões, através de um projeto-piloto. Trata-se de iniciativa visando o desenvolvimento do mercado voluntário para comercialização desses títulos, chamados de REDD+ (Redução de Emissões Provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal), Reflorestsamento e Energia.
A chamada pública de projetos pode ser vista no site do banco. 

M&A 

As aquisições no exterior por empresas brasileiras tiveram um razoável aumento de 163% em 2021, em relação ao ano anterior. Nesse ano as empresas brazucas formalizaram 179 transações de Fusões & Aquisições (M&A), perfazendo o total de R$ 49 BI.

SEGUROS
A Sul América informou ao mercado em geral que recebeu comunicado da Orbis Investment Management Limited e entidades afiliadas, na qualidade de gestores de fundos de investimentos e investidores não residentes, a respeito da alienação, pelos Investidores, de ações de emissão da Companhia, o que estabelece a participação, de forma agregada, de aproximadamente 4,98% do total de ações em circulação da Companhia.


SASB x GRI

Em se tratandio de políticas ESG, os padrões de indicadores utilizados em relatórios Sasb e GRI podem se complementar. “As empresas devem usar tanto o padrão Sasb como o GRI porque são metodologias complementares para disponibilização de informações aos stakeholders”, comentou Arturo Rodriguez, gerente de projetos do Sasb, durante apresentação no 5º encontro do Fórum ESG Investidor & Empresa, promovido pela Abrasca em parceria com a Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) e a B3. 

LUNETA
Informação de que um certo capitão mira com luneta o general (da reserva) Joaquim Silva e Luna, na presidência da Petrobras, pode não passar de truque eleitoral.   ​​Silva e Luna​​​​ tem prestígio na caserna e isto faz muita diferença, especialmente em período de pré-campanha.

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