Para os analistas do BTG Pactual, a Vale (VALE3) reportou um conjunto razoável de resultados operacionais, considerando as expectativas relativamente baixas. “Acreditamos que o novo CEO começa com bases sólidas e uma mentalidade sensata em meio a um mercado muito desafiador. O EBITDA foi de US$3,7 bilhões, 8% acima da nossa estimativa (-6% t/t, -17% a/a), suportado por melhores vendas de minério de ferro (3% acima das nossas projeções; desempenho muito forte das pelotas) e melhores preços realizados do minério de ferro (4% acima das nossas estimativas)”, afirmam.
Além disso, consideram que o lado positivo do cenário é que a gestão se mantém confiante “em entregar o limite inferior do guidance de custo caixa C1 do minério de ferro de US$21,5-23/t e confirmou provisões menores para a Samarco, agora em US$4,7 bilhões, observando que um acordo definitivo com o governo – um desenvolvimento positivo”.
Resultados e dividendos da Vale (VALE3)
Porém, o 3T mostrou praticamente zero geração de fluxo de caixa livre e um Ebitda negativo no segmento de níquel, “que claramente precisa de atenção, dado o atual ambiente de preços pressionados”.
Conforme a análise do BTG, a contradição está na capacidade da empresa em entregar resultados melhores e uma história mais forte do ponto de vista operacional, “enquanto o fluxo de caixa livre permanece sob pressão devido a ‘outras despesas’ elevadas, sem dividendos extraordinários esperados nos próximos anos”.
Por causa desse ambiente de fluxo de caixa livre pressionado e baixos dividend yields na faixa de 6-7%, os analistas mantêm recomendação neutra, embora “reconheçamos os progressos importantes que a gestão fez recentemente”.
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