Os recentes desenvolvimentos no setor de energia renovável têm chamado a atenção dos investidores, especialmente com os resultados trimestrais da Auren Energia (AURE3) que foram divulgados na última sexta-feira (21). Segundo análises do BTG Pactual, a companhia deve registrar um lucro líquido de R$ 136 milhões no quarto trimestre de 2024, representando um aumento de 26,39% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o lucro foi de R$ 107,6 milhões. Apesar destes números positivos, as ações da Auren reagem em baixa no mercado.
De acordo com os analistas do BTG, mesmo com um desempenho aquém das expectativas anteriormente estabelecidas, o trimestre em questão não deve ser encarado de forma negativa. O banco mantém uma recomendação de compra para as ações da Auren, com um preço-alvo de R$ 14,50 até o final de 2025, o que indica um potencial de valorização de 64,4%. Isso se deve ao fato de que a empresa investe continuamente no programa GAIA, o que vem começando a apresentar resultados, apesar da pressão sobre os custos.
Os especialistas também destacam que, mesmo com a sazonalidade menos favorável no setor e as pressões inflacionárias recentes, o fluxo de caixa livre da Auren apresentou um sólido rendimento anualizado de 12%. A companhia tem realizado um programa de recompra de ações, o que demonstra o comprometimento da gestão em criar valor para os acionistas. A relação de força entre a demanda por embalagens, especialmente nos segmentos alimentícios, e a postura prudente da empresa em um ambiente econômico desafiador reforçam as perspectivas otimistas.
No entanto, há divisões de opinião entre analistas sobre o futuro dos proventos da empresa, particularmente em relação aos ativos adquiridos da AES, que historicamente mostraram desempenhos mais fracos. As expectativas em torno das condições climáticas e certas restrições operacionais podem impactar o resultado. Para 2025, esperançosamente, a Auren deverá distribuir dividendos que devem girar em torno de 16,2% do valor de mercado.
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