Os tempos estão mudando. Estudo realizado pelo 30% Club Brazil, capítulo da campanha global que promove a equidade de gênero nos Conselhos de Administração das companhias, em parceria com a PwC Brasil, revela estabilidade na presença feminina em assentos nos conselhos das empresas de capital aberto do índice IBrX100. Este é o indicador do desempenho médio das cotações dos 100 ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.

Auren (AURE3), Caixa Seguridade (CXSE3) e Raizen (RAIZ4) passam a compor o grupo de companhias que atingiram os 30% de mulheres em seu board em 2024.

Em 2019, as mulheres representavam apenas 8,5% de conselheiras nas organizações listadas. Porém, a trajetória para alcance da paridade de gênero ainda é lento e longo. “Continuaremos o trabalho de fomentar a discussão e a implementação de práticas que promovam o equilíbrio de gênero nos Conselhos de Administração e nos altos escalões corporativos, reconhecendo que, a equidade ainda demanda esforços contínuos e sustentados, considerando os benefícios que o equilíbrio de gênero promove“, comenta Anna Guimarães (foto), Presidente do Conselho Consultivo do 30% Club Brazil.

Imagem: Fernanda Bozza

“O relatório foi baseado em dados coletados pela PwC diretamente dos sites das instituições, na seção de Relacionamento com Investidores (RI), e validado por meio das atas das Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs)”, explica Maria José Cury, sócia da PwC Brasil e uma das responsáveis pela metodologia da pesquisa.

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A análise revelou que 16 companhias já atingiram ou superaram a marca de 30% de mulheres em seus colegiados: Auren, B3, Banco do Brasil, Caixa Seguridade, Carrefour Brasil, Cogna, Hypera, Lojas Renner, Magazine Luiza, Raízen, Rumo , Santander Brasil, Vivo (Telefônica Brasil), TIM, Totvs e Vivara.

Os dados da pesquisa ainda demonstram que companhias como Banco Brasil, Caixa Seguridade, Magazine Luiza, Santander, TIM, Totvs e Vivara se destacam na vanguarda da equidade de gênero, com 40% ou mais de conselheiras.

Entre todas as organizações analisadas, somente a primeira tem um colegiado com participação feminina superior a 50%. Outras 17 instituições estão progredindo em direção à paridade, com mais de 25% de mulheres em seus boards: Ambev, Arezzo, Assaí, Azul, Cielo, CPFL Energia, CSN Mineração, Direcional, ITAUSA, Klabin, Localiza, MRV, Multiplan, Petz, Porto Seguro, Sabesp e Santos BRP. Por outro lado, o levantamento revela que aproximadamente 8% das instituições listadas no IBrX 100 ainda não possuem nenhuma mulher em seus boards.

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