As ações da Auren (AURE3) estão enfrentando um dia desafiador, com um recuo de 4,95%, cotadas a R$ 8,25, após a empresa divulgar um prejuízo líquido de R$ 363,6 milhões no quarto trimestre de 2024. Esse resultado contrastou com o lucro de R$ 220,2 milhões do mesmo período em 2023, gerando preocupações entre os investidores quanto à qualidade dos números e ao futuro da companhia. Conforme destacado por analistas da Genial Investimentos, o aumento de 75% nas despesas financeiras, que alcançaram R$ 860,7 milhões, foi o principal responsável pelo resultado negativo.
Os estudiosos explicam que essa elevação nos custos se relaciona ao aumento dos encargos e à atualização monetária devido ao maior saldo de dívida, além das despesas associadas ao pagamento de debêntures referentes à aquisição da AES Brasil. Essa situação reflete a pressão sob a qual a Auren se encontra, logo no início do processo de integração da nova empresa.
Expectativas e análise do mercado
O Safra, em sua análise, reconheceu que os resultados operacionais foram inferiores às expectativas, mas enfatizou que a companhia está apenas no início de sua transformação. A geração de EBITDA foi de R$ 389 milhões, uma queda significativa de 58%, mas o Safra destaca que esses números ainda precisam ser comparados de forma adequada, considerando que se tratam dos primeiros dados integrados da Auren e AES.
Analistas do Safra também ressaltaram que a previsão de dividendos para 2025 é promissora, com um rendimento estimado em 10,9% sobre o valor da ação. Eles mantém uma visão otimista, apontando para um preço-alvo de R$ 17 para a AURE3.
Endividamento e perspectivas futuras
Outro fator de atenção é o endividamento da Auren, que atingiu níveis preocupantes após a aquisição da AES por um valor superior a R$ 30 bilhões. O aumento da alavancagem, que está em 5,7 vezes a relação dívida líquida/EBITDA ajustada, pode restringir a capacidade da empresa de continuar investindo e oferecendo retorno aos acionistas.
Entretanto, muitos analistas, incluindo o BTG Pactual, permaneceram confiantes com a Auren, avaliando que a ação continua atraente para os investidores, especialmente em termos de dividend yield, que pode atingir 16,4% em 2025. O BTG recomenda a compra da ação com um preço-alvo de R$ 14,50, sugerindo um potencial de valorização de 67,1% em relação ao fechamento recente.
Diante de todas essas variáveis, é fundamental que os investidores considerem a diversificação de suas carteiras. As ações da Auren, apesar das dificuldades atuais, podem oferecer oportunidades no longo prazo, especialmente se a empresa conseguir estabilizar sua situação financeira e aproveitar os benefícios da sinergia decorrentes da aquisição da AES. No Clube Acionista, você pode monitorar as recomendações e preços-alvos, permitindo que encontre oportunidades não apenas em ações, mas também em FIIs, ETFs e outras opções do mercado. Não perca a chance de diversificar e reavaliar sua estratégia de investimentos em um cenário econômico cheio de mudanças!