Entre os destaques do resultado, estão:
• Aumento de 14,1% no Ebitda, comparado ao 1T19, para R$ 1.525 milhões;
• Lucro atribuído aos controladores de R$ 577 milhões em 1T20, 17,1% acima do 1T19;
• Leve redução da alavancagem: Dívida Líquida/EBITA de 2,98 vs. 3,0 em 4T19;
• Queda de 2% nas Despesas Operacionais vs. 1T19, ficando em R$ 754 milhões no 1T20, absorvendo tanto a inflação quanto o crescimento da base de clientes das distribuidoras;
• Energia injetada de 17.423 GWh em 1T20, 0,1% maior que 1T19.
Vale ressaltar que o consumo residencial de energia apresentou aumento no volume de todas as distribuidoras.
Impacto: Positivo. No geral, seus números vieram acima dos reportados nos trimestres anteriores, e também em linha com a expectativa do mercado. Temos recomendação de compra para Neoenergia com destaque para os ativos de alta qualidade da companhia, investimentos no segmento de transmissão e energia renováveis e track record cofiável da gestão.
PLANNER: NEOENERGIA (NEOE3) – Bom resultado do 1T20 reflexo da melhora operacional
A companhia registrou no 1T20 um lucro líquido de R$ 577 milhões, com crescimento de 17% em relação ao lucro de R$ 492 milhões de igual trimestre de ano anterior, reflexo de um melhor resultado operacional que compensou um pior resultado financeiro.
Ao preço de R$ 18,15/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 22,0 bilhões, a ação NEOE3 registra queda de 26,5% este ano. Os múltiplos para 2020 são: P/L de 10,2x e VE/EBITDA de 7,5x. O preço justo de R$ 25,00/ação ponta para um potencial de alta de 37,7%.
Destaques
Energia injetada de 17.423 GWh no 1T20, 0,1% maior que 1T19. O volume total de energia distribuída pelas empresas do grupo somou 17.423 GWh com crescimento de 0,1% ante igual trimestre de 2019, e considera a energia distribuída nos mercados cativos e livre e as perdas incorridas no período. De acordo com a companhia, “a maior base de clientes foi amenizada por temperaturas mais baixas, maior volume de chuvas e redução no consumo na última semana de março em função do Covid-19”.
No segmento de geração, a Neoenergia somou 1.006 GWh no 1T20, com alta de 61,5% em relação ao mesmo período do ano passado, explicado pela diferença de dias de parada de operação para manutenção, entre os trimestres.
A Receita Operacional Líquida caiu 2,0% entre os trimestres comparáveis somando R$ 6.778 milhões, explicado principalmente pela estabilidade da energia total distribuída. A Margem Bruta registrou alta de 11% para R$ 2.390 milhões.
Despesas Operacionais foram de R$ 754 milhões no 1T20, com queda de 2,0% em relação ao 1T19, absorvendo tanto a inflação quanto o crescimento da base de clientes das distribuidoras. Nesse contexto o EBITDA do 1T20 alcançou R$ 1.525milhões, 14% superior a R$ 1.337 milhões do 1T19.
O Capex somou R$ 964,5 milhões no 1T20. Ao final de mar/20 a dívida líquida da companhia era de R$ 17,61 bilhões representativa de 2,98x o EBITDA e se compara a 3,0x em dez/19, mostrando uma alavancagem estável mesmo com o incremento de 4% da dívida bruta, em base trimestral.