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🌎 CENÁRIO EXTERNO

Biden planeja apresentação de plano histórico

Mercados

Mercados asiáticos fecharam no vermelho, após sessão marcada pela realização. Na zona do euro, índices de mercado abriram sem tendência bem definida: o Stoxx 600, índice que abrange uma gama de ativos de todo o continente, oscila em torno do zero a zero até o momento. Nos EUA, índices futuros de NY também operam sem grandes oscilações (S&P 500 fut: +0,1%), enquanto o dólar (DXY) devolve parte dos ganhos dos últimos dias contra os seus principais pares. Na fronte das commodities, ativos têm manhã predominantemente positiva. Na contramão, o preço do petróleo (Brent Crude – ICE) recua 0,3%, negociado próximo dos US$ 64,00/barril.

Biden planeja apresentação de plano histórico

Ativos de risco têm manhã sem direções claras, com investidores antecipando o anúncio do plano econômico do governo Biden, que deve incluir a injeção de US$ 2,25 trilhões em projetos de infraestrutura no país. De um lado, o evento deve contribuir para o otimismo com o a retomada econômica na maior economia do mundo, principalmente quando combinado à recente aceleração do ritmo de imunizações no país. Do outro, o risco inflacionário que acompanha tamanho impulso e a esperada alta de impostos corporativos que será utilizada para o financiamento do projeto mantêm investidores cautelosos. Desta forma, o destaque deste início de sessão fica com a alta dos juros futuros (rendimento médio da Treasury de 10 anos está em torno de 1,72% a.a.) e das commodities, enquanto os principais índices de mercado operantes no momento se mantêm próximos à estabilidade.

O que devemos esperar?

O projeto, que promete “mobilizar e unificar o país com o objetivo de superar os grandes desafios desta era”, deverá ser divido em 4 etapas que se estenderão por um período de 8 anos. Dentre os principais destinos dos recursos deverão estar investimentos na rede de transportes (est.: US$ 620 bilhões), melhorias na qualidade de vida – como acesso a saneamento básico e redes de banda larga de alta velocidade – (est.: US$ 650 bilhões), modernização da indústria (est.: US$ 580 bilhões) e avanços nos cuidados destinados à idosos e pessoas com deficiência (est.: US$ 400 bilhões). Com relação ao financiamento do plano, espera-se que um aumento dos impostos corporativos para 28% (dos atuais 21%) seja o suficiente para cobrir os custos ao longo dos próximos 10 anos. Vamos acompanhar…

Inflação europeia

Mais cedo, a prévia da inflação ao consumidor anual na zona do euro apontou para um avanço de 1,3% (ano/ano) no mês de março, resultado que configurou uma aceleração com relação a alta de 0,9% registrada em fevereiro. Como destaque da leitura, os preços de energia lideraram os do índice geral, com alta de 4,3% (ante queda de 1,7% em fevereiro), seguido pela inflação dos serviços, que avançou 1,3% (ante 1,2% em fevereiro) no período. Apesar do avanço no mês, no núcleo, que elimina os componentes mais voláteis de alimentos e energia, o avanço foi de 1,0% (ante 1,2% em fevereiro), valor ainda bem abaixo da meta de 2,0% perseguida pelo Banco Central Europeu.

Mais agenda

Nos EUA, além da apresentação do plano econômico trilionário do governo, o investidor deverá avaliar os dados de emprego no setor privado em março do ADP (9h15) e os estoques de petróleo bruto do Departamento de Energia (11h30). Ao fim do dia, o PMI/Caixin industrial é divulgado na China após os PMIs oficiais apontarem para a manutenção de um ritmo de expansão robusto da economia em março.

CENÁRIO BRASIL

Orçamento desastroso

Comunicado do TCU

Mesmo após meses de atraso, o Orçamento continua gerando controversas e ainda requer importantes ajustes. O TCU (Tribunal de Contas da União) emitiu comunicado criticando a subestimação das despesas obrigatórias no projeto aprovado pelo Congresso. Segundo o tribunal, a manobra “deteriora a transparência da utilização dos recursos públicos… e o controle das contas públicas”. O TCU alega que para aderir ao teto de gastos, regra que limita as despesas do governo de acordo com a inflação, será necessário recalcular os gastos obrigatórios e cortar o espaço destinado às emendas.

Contingenciamento inapropriado

O ex-secretário do Tesourou, Mansueto Almeida, declarou, em uma live realizada pelo jornal Valor, que o Orçamento aprovado pelo Congresso foi uma tentativa dos parlamentares de contingenciar os gastos do governo por meio das despesas discricionárias. Segundo o ex-secretário, não é possível realizar essa manobra, já que as discricionárias ocupam tão pouco espaço e a mera tentativa pode comprometer o funcionamento da máquina pública.

Ambiente de revolta

Uma sondagem do jornal Folha de S. Paulo soou a alerta sobre a possiblidade de uma nova debandada de integrantes da equipe econômica caso o Orçamento não seja alterado para respeitar o teto de gastos. Segundo o jornal, as tentativas de driblar o teto para expandir os gastos com as emendas “causaram um ambiente de revolta” dentro da pasta econômica. Os técnicos do ministério também acreditam que sancionar o atual Orçamento abriria o caminho para uma eventual acusação de crime de responsabilidade contra o PR, um dos crimes que pode resultar em impeachment. Segundo a equipe de Guedes, será necessário que os parlamentares e ministros da área de infraestrutura abram mão de recursos para que o espaço necessário seja criado para os gastos obrigatórios e manutenção do teto.

Forças Armadas

Em reação à saída do ministro Fernando Azevedo e Silva (Defesa), os comandantes das forças armadas entregaram seus cargos para o presidente Bolsonaro. O governo terá de substituir Edson Leal Pujol, (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica). A saída de todos os quatro aparenta estar relacionada à pandemia, que o presidente Bolsonaro acredita ter sido “superestimada” pelos mandantes das Forças Armadas, que se recusaram a apoiar o presidente em suas investidas contra as medidas de isolamento social impostas por prefeitos e governadores. A demissão conjunta representa a primeira vez na história do Brasil que os três comandantes entregaram seus cargos juntos.

Mobilização Nacional

Em tentativa de dar continuidade à cruzada do presidente Bolsonaro contra as medidas de isolamento social, o líder do PSL na Câmara, o major Vitor Hugo (GO), apresentou um projeto que visa expandir as situações que justificam a decretação de Mobilização Nacional para incluir pandemias, como a que aflige o Brasil atualmente. Tal decreto cria um estado de exceção que empodera o presidente com a autoridade de agir de forma unilateral em momentos emergenciais. Críticos da medida no Congresso chamaram a proposta de uma “tentativa de golpe”, teoria que foi fortalecida pela recente debandada da cúpula das Forças Armadas. A verdadeira intenção do presidente aparente ser expandir o seu controle sobre as polícias civis e militares, em tentativa de subverter a fiscalização das medidas de isolamento social.

Na agenda

A PNAD-Contínua do trimestre encerrado em janeiro, divulgada pelo IBGE às 9h, deverá apontar para um novo avanço da taxa de desemprego no período (est.: 14,2%). Logo em seguida, o Banco Central divulga a sua nota à imprensa de política fiscal, com o resultado primário do governo em fevereiro (est.: R$ -22,0 bilhões). Por fim, à tarde (14h30), o fluxo cambial semanal fecha a agenda – também divulgado pelo BC.

E os mercados hoje?

Mercados globais iniciaram o dia sem grandes oscilações, com investidores se preparando para a apresentação do plano econômico trilionário do governo Biden nos EUA. No Brasil, a recente sinalização de aproximação entre o Executivo e o Legislativo parece ter trazido algum alívio aos investidores, mas a questão do orçamento “fictício” segue como grande fonte de preocupação – apesar da recuperação da bolsa ontem, o mercado de juros e o câmbio seguem ilustrando o pé atrás do mercado com os fundamentos fiscais do país. De qualquer forma, esperamos uma sessão de viés neutro/negativo para ativos locais que, apesar de continuar se beneficiando do bom desempenho das commodities, deve encontrar resistência para sustentar os níveis atuais.

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