Enquanto as bolsas globais crescem, no Brasil retrai. Essa é a ótica da Genial. “Apesar da alta das principais bolsas globais em maio, os ativos brasileiros não foram capazes de acompanhar esse movimento de recuperação, diante dos desafios fiscais e da falta de confiança do investidor.”
Para os analistas da Genial, este cenário faz com que eles sigam conservadores nas escolhas, “priorizando ações que tenham uma maior correlação com o dólar, sejam defensivas ou cujos ciclos microeconômicos sejam positivos”.
Curva de Juro
Conforme a Genial, este desempenho inferior do mercado brasileiro em relação às bolsas do exterior, foi bastante influenciado pela abertura da curva de juros em maio, refletindo expectativas de que não há mais espaço para redução da Selic neste ano, e uma pequena probabilidade de elevação a partir de 2025.
Isso ocorre devido a uma forte deterioração das expectativas de inflação para os próximos anos, causada pela situação das contas públicas, que mostram um quadro bastante complexo e sem sinalização de melhora à frente. “Assim, o investidor passou a exigir um maior prêmio de risco para alocação em ativos brasileiros”, comentam os analistas.
Estratégia da Genial para bolsas globais e locais
Empresas Exportadoras:
Mesmo com o cenário volátil para um posicionamento em commodities, existe espaço para valorização desses ativos, o que poderia influenciar positivamente as ações ligadas. Outro ponto que faz seus analistas manterem uma posição é a maior correlação com o dólar, diante da necessidade de um portfólio mais conservador.
Empresas Domésticas:
Os analistas são seletivos nas escolhas de empresas ligadas ao setor doméstico, diante da situação fiscal e da desconfiança do investidor sobre os fundamentos do Brasil, que está elevando a curva de juros. “Acreditamos que os maiores potenciais de nossas carteiras estão concentrados nessas empresas, porém, nas escolhas, optamos por priorizar aquelas mais defensivas ou diante de um ciclo microeconômico mais favorável.”
Dolarização da Carteira:
Com o dólar se fortalecendo globalmente, embora não vejam um amplo espaço para valorização significativa frente ao real, aumentaram o nível de dolarização das carteiras. “Esta decisão é baseada na compreensão de que empresas mais conservadoras podem se beneficiar deste cenário de um dólar mais forte internacionalmente”.
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