Confira a análise da Ativa Investimentos sobre empresa com plano de crescimento estratégico para os próximos anos. Dessa maneira, a corretora destaca companhia com bons fundamentos, uma gestão de histórico renomado e boa distribuição de proventos.

Ativa analisa Petrobras (PETR4)

A companhia expandiu suas expectativas quanto à produção esperada para os próximos anos. Antes esperando uma produção total de óleo de 2,3 MM barris/dia durante os anos de 22 a 25, a companhia agora estipulou avançar anualmente em 0,1 MM/dia frente a meta anterior chegando a 2,8 MM em 2026.

A nova curva já contempla os desinvestimentos auferidos e prevê que a produção em águas profundas e ultraprofundas representará 92% do total produtivo em 2022, devendo ainda atingir a integralidade da produção em 2026, ficando a produção do pré sal responsável por 79% deste total ao final do período.

Os investimentos previstos foram elevados para U$D 68 bilhões vs. U$D 55 Bi no plano anterior, sendo que 84% seguirá sendo destinado à Exploração & Produção (mesma proporção de um ano atrás).

Destacamos que o pré sal será responsável por 67% do capex de E&P no período. Para 2022, os investimentos serão de U$D 22 bi enquanto de 2023 em diante, o montante será de U$D 15 bi/ano.

Dividendos Trimestrais

Após alcançar o trigger de envidamento bruto de U$D 60 bilhões antes do previsto, a companhia passará a utilizar o valor de U$D 65 bi para fins de definição da forma de pagamento de proventos.

Com relação à estes, tais passarão a ser pagos trimestralmente, somarão ao menos U$D 4 bilhões em anos em que o Brent médio registrado for de pelo menos de U$D 40 e no caso da dívida bruta estar abaixo dos U$D 65 bi, a companhia distribuirá 3/5 da diferença entre seu fluxo de caixa operacional e os investimentos auferidos.

A política permite ainda o pagamento de dividendos extraordinários quando as condições supracitadas não forem reunidas.

Desinvestimentos e Agenda Verde são os pontos negativos

Petrobras planeja vender entre US$ 15 e U$D 25 bilhões em ativos. Após a venda de múltiplos campos non-core e de duas refinarias, houve uma sensível redução da banda esperada frente ao plano anterior, que previa a venda de U$D 25 a U$D 35 bi em ativos durante 21-25.

A companhia não informou detalhes sobre o estágio da venda de refinarias, que segue atrasada frente ao cronograma acertado anteriormente com o CADE.

A companhia incluiu U$D 1,8 bi em projetos visando a descarbonização de suas operações. Sem alocar capex ou entrar em mais detalhes, o plano também ressalta a possibilidade da companhia diversificar os seus negócios de modo a reduzir sua dependência de combustíveis fósseis à partir da criação de uma governança voltada à aprovação de projetos que alinhem diversificação e rentabilidade.

Ainda que esteja presente no plano, o o trato e os montantes alocados à agenda verde são tímidos do ponto de vista absoluto e relativo, sobretudo se levarmos em comparação os valores assumidos pelo plano frente aos auferidos pelos pares internacionais.

A Ativa mantém recomendação Neutra e Preço Alvo a R$ 32,50.


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