📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS
Dia de Payroll.
Todos as atenções voltadas à criação de postos de trabalho nos EUA e o impacto de seus resultados nos rumos da política monetária americana, afinal o Fed possui duplo mandato: inflação e pleno emprego.
Longe ainda de atingir o segundo, os rumos dos indicadores americanos ao menos apontam na direção correta, o que faz inclusive muitos governadores do Fed questionarem tanto a necessidade da manutenção da atual política ultraestimulativa, como da adoção de estímulos adicionais pelo governo federal.
Em conjunto, o sinal emitido pelos membros do Fed ainda não soa como uma mudança de viés de dove (política monetária suave com os juros); para hawk (política monetária dura com os juros), mas até recentemente, o sinal era uníssono pela necessidade contínua de estímulos.
Agora, muitos já são vocais pela mudança de postura de política monetária, o que gera um choque tanto com o próprio viés de Powell; como do próprio governo americano, atualmente em franco embate por um plano de estímulos de longo prazo.
É certo que para o mercado financeiro, ainda estímulo-dependente, a retirada da abundante liquidez que preserva os mercados com viés positivo é sempre vista com bastante receio e deflagram reações usualmente fortes.
Ainda assim, é com sinais emitidos a “conta-gotas” que os membros do banco central americano podem aliviar a realidade de um “taper tantrum”; ou seja, a retirada gradual das compras de títulos por parte do Fed, o que precede a normalização dos juros.
Portanto, no curto prazo, podemos voltar à máxima de “boa notícia é notícia ruim”, mesmo que seja o resultado de uma melhora econômica intensa, daí a observação de perto do Payroll e como está se comportando o mercado de trabalho americano.
Localmente, o excesso de ruído político e a falta de sinais mais positivos do desastre da “reforma” tributária cobraram seu preço com o descolamento do mercado brasileiro do restante do mundo, ainda assim, fomos contemplados com notícias positivas do Caged e da balança comercial.
Hoje, além do Payroll, por aqui observamos a produção industrial e Fenabrave.
📊 ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, enquanto investidores aguardam relatório de empregos nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, com a queda dos mercados chineses, porém alta do Nikkei e ASX.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos até 3 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata e cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, após OPEP+ atrasar a reunião sobre a política de abastecimento.