Ontem, a Bovespa registrou novo recorde de pontuação intraday, atingindo 111.072 pontos na máxima, fechando em alta mais modesta de 0,29% e índice em 110.622 pontos. Hoje, mercados começando novamente no positivo em todo o mundo.
Na Ásia, mercados fecharam a semana com boas altas e destaque para Hong Kong com +1,07%. Europa operando em alta nesse início de manhã e até acelerando e futuros do mercado americano também com boa valorização. Aqui, espaço aberto para conquista de novos recordes, rumo àquele objetivo que traçamos em 115.000 pontos, mas o prazo vai ficando curto diante das festas natalinas e congresso adiando votações.
Hoje, mercados motivados pela reunião da OPEP+ (membros e aliados) de aprovar mais um corte de 500 mil barris/dia de petróleo (atualmente cortam 1,2 milhões/dia) para seus membros e aliados. Também esperando o payroll do mês de novembro e alguma notícia nova sobre o acordo comercial entre EUA e China. Quanto ao payroll, a criação de vagas nos setores público e privado em novembro, a expectativa é de criação de 128.000 vagas, bom para um país próximo ou em pleno emprego. Investidores também aguardam alguma notícia sobre acordo EUA/China, depois do suspense gerado por Trump sobre tarifas que teoricamente começam a vigorar em 15/12.
Na China, o PBOC (Banco Central Chinês), injetou em novembro o equivalente a US$ 42,6 bilhões em créditos de médio prazo e segue estimulando a economia. A China também anunciou que vai isentar em parte a tarifa aplicada sobre a soja e carne suína vinda dos EUA. Na Alemanha, uma surpresa ruim com a produção industrial de outubro que encolheu 1,7% (construção com -2,8%), deixando a queda anualizada em 5,8%.
No Reino Unido, o preço das moradias teve a maior alta em sete meses em novembro, com +2,1%. No mercado internacional, o dia está começando com o petróleo praticamente estável, com o barril do WTI em NY negociado a YS$ 58,42. O euro era transacionado em leve queda para US$ 1,11 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,791%. O ouro e a prata mostravam quedas na Comex e commodities agrícolas negociadas na Bolsa de Chicago com tendência de alta.
A agência de classificação de risco Moody’s, indica que as empresas não financeiras da América Latina estão com perspectiva de estabilidade para 2020. Já os parlamentares aprovaram recursos adicionais de R$ 7,0 bilhões no orçamento distribuído em mais R$ 1,8 para fundo partidário e R$ 5,2 bilhões distribuídos pelas bases eleitorais, ampliando as receitas estimadas nesse valor (simples assim e com grande desenvoltura).
O Mercosul, em reunião de cúpula, fechou sete acordos. No mercado local, permanece a expectativa da Bovespa em mais um dia de alta (há espaço para realizações), dólar se mantendo e juros dependente da divulgação do IPCA de novembro. Porém, o quadro geral é positivo, pelo fluxo de recursos local canalizado para ativos de renda variável.
Alvaro Bandeira
Economista-chefe do banco digital Modalmais