O dólar nem havia fechado em maior alta depois de quatro meses (R$ 5,15, em 3/10/23) e os analistas já estavam com aquela nuvem cinza sobre a cabeça em relação ao câmbio nos seus relatórios para outubro. Soma-se a isso, outras preocupações macros como as contas públicas aqui no Brasil, a influência da política monetária dos EUA e a economia chinesa, que segue devagar. Em vista disso, como o Acionista destacou mês passado, havia uma espécie de receio em relação ao mercado global para setembro, mas sem pessimismo. E isso, de fato, foi o que aconteceu.
Fique vigilante com as incertezas macros
Bem, no que diz respeito a investimentos, para alguns analistas, o cenário está sujeito a volatilidade e incertezas tanto no cenário interno quanto no externo. Segundo o BB, o nível de desconto da bolsa no Brasil ainda implica em elevado potencial de retorno para o Ibovespa no médio prazo, “mas reconhecemos que a ausência de impulsionadores de curto prazo limita uma visão mais construtiva sobre os fundamentos das companhias, especialmente em relação à rodada de revisões de estimativas de lucros atualmente em curso.”
Ainda por cima, o risco sobre as contas públicas voltou ao radar, segundo o especialista de investimentos do Portal Acionista, Gustavo Guerses. “O maior endividamento obriga recalcular a taxa terminal da Selic – hoje acima de 10% precificado na curva de juros – que é muito alto, o desejo do BC é de reduzir a Selic para próximo de 9%; ou seja, teremos uma melhora de cenário econômico no próximo ano com a queda das taxas de juros, contudo pode vir de uma forte inflação e aumento do câmbio que fará com que o Banco Central tenha que parar o processo de redução da Selic antes do previsto”, comenta, com base nas informações que se tem hoje já que tudo depende dos movimentos da economia.
O que os analistas esperam do cenário macro e quais as recomendações para outubro você fica sabendo no Clube Acionista. VEJA AGORA.