O mercado de importação e exportação tem um impacto econômico muito significativo para o Brasil em diversos âmbitos, contribuindo para fatores como a geração de empregos, fortalecimento da balança comercial, integração na economia global, transferência de conhecimento e tecnologia, dentre outros. Ou seja, é um setor extremamente estratégico, que impulsiona o crescimento e a competitividade da economia brasileira em linhas gerais.

Apenas para se ter uma ideia, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o País se consolidou como o 4º principal destino de Investimento Direto (IED) do mundo nos últimos anos. Além disso, movimentou mais de US$ 500 bilhões no comércio exterior entre 2019 e 2022, sendo que, só em 2021, o segmento impactou o PIB (Produto Interno Bruto) nacional em 39% e se estabeleceu como o maior da série histórica, conforme revelam dados do Banco Mundial.

Apesar desse contexto promissor, não podemos fechar os olhos para os desafios do mercado, que são muitos: burocracia alfandegária, altas cargas tributárias, infraestrutura logística inadequada, flutuações cambiais, concorrência global, barreiras comerciais e complexidade dos acordos internacionais são apenas alguns deles. Logo, mesmo sendo um setor repleto de oportunidades, também demanda das empresas estratégias adequadas para explorar todo o seu potencial, as quais precisam otimizar processos, reduzir custos, melhorar a infraestrutura logística e trazer boas parcerias.

No que diz respeito à exportação, um belo exemplo de solução nesse sentido é a diversificação de pautas, incentivando a entrada do Brasil em novos segmentos e produtos. Atualmente, observa-se um crescimento em negociações dessa categoria impulsionado pelas áreas agrícola, mineral e industrial, com as commodities de soja, minério de ferro e petróleo desempenhando um papel significativo nessa jornada.

Por outro lado, quando falamos de importação, essa diversidade já existe, principalmente no que se refere a máquinas, equipamentos, produtos químicos e eletrônicos. Dessa forma, o estímulo à inovação e à tecnologia, por meio de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, se torna absolutamente indispensável, uma vez que a procura por opções de insumos e produtos internos guiam os contratos.

Ainda vale destacar que a abertura comercial e a assinatura de acordos para ampliar o acesso a mercados internacionais é fundamental para o Brasil continuar prosperando no comércio exterior, especialmente após os efeitos da pandemia de Covid-19. Com as restrições nas fronteiras e mudanças nas demandas dos consumidores decorrentes desse período, o país deve realçar a sua imagem de “fornecedor confiável”, demonstrando que possui operações eficientes e mão de obra qualificada para se adaptar a essa nova e competitiva realidade global.

Players que estão solucionando as dores do mercado

As fintechs de câmbio estão se posicionando como as principais alternativas para solucionarem as dores do mercado de importação e exportação, já que, diferente de bancos e corretoras tradicionais, possibilitam maior economia, agilidade, autonomia e controle nos pagamentos e recebimentos internacionais. Assim, são instituições financeiras que trazem maior competitividade de taxas e, consequentemente, aumentam as margens das operações de comércio exterior ao cliente final.

É válido reforçar que esses players também estão potencializando as suas atividades por conta do novo marco cambial, Lei nº 14.959/2020, que entrou em vigor em 2021. A legislação flexibiliza as regras cambiais, simplifica os procedimentos, incentiva a digitalização e oferece maior autonomia nas negociações do segmento. Em outras palavras, são mudanças que podem agilizar as importações e exportações reduzindo burocracias e facilitando o fluxo de pagamentos.

Obviamente, são impactos que variam de caso para caso, de empresa para empresa. Contudo, se as instituições financeiras voltarem os seus olhares para uma lógica atual de se fazer negócios e entenderem o quão dinâmico é o comércio exterior, não há dúvidas de que serão beneficiadas pela lei e pelas ótimas perspectivas propiciadas por esse mercado.

Por Luiz Felipe Bazzo, CEO do Transferbank, uma das principais soluções de pagamentos e recebimentos internacionais do Brasil.

(Artigo enviado pela Motim/Henrique Vasconcellos)

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