Embora o ano tenha começado pior do que o esperado para as ações brasileiras, elas estão sendo negociadas a 9,9x P/L 12 meses à frente ex-Petro &Vale (apenas 8,2x incluindo elas), um desvio padrão abaixo da média. O prêmio para deter ações (medido como o inverso do P/L menos as taxas reais a 10 anos) é de 4,3%, um desvio padrão acima da sua média histórica. 

“Continuamos positivos quanto às perspectivas para a economia local em 2024. A dinâmica da inflação, apesar de estar um pouco mais pressionada pela atividade econômica mais forte do que o esperado. E mesmo que as taxas de juros possam não cair tão rapidamente (ou tanto) como alguns esperavam, ainda deverão atingir algo entre 9,0% e 9,5% até ao final do ano. A queda esperada nas taxas de juros de curto prazo (vemos a Selic média caindo 315bps em 2024) deve impulsionar os lucros este ano. Esperamos que o lucro das empresas brasileiras listadas (ex-Petro & Vale) cresça 19% em 2024”, comentam os analistas do BTG.

Além disso, com o cenário em que as perspectivas de cortes nas taxas de juros nos EUA pioraram, enquanto um pouco mais de pressão sobre a inflação no Brasil pode levar o Banco Central a reduzir o ritmo dos cortes nas taxas de juros, o que o Acionista já disse por aqui. 

Carteiras de ações brasileiras

“Mantemos nossa opinião de que a combinação de taxas de juros em queda nos EUA e no Brasil e valuations relativamente baratos poderia preparar o terreno para que as ações brasileiras tenham um bom desempenho em 2024. Com isso em mente, estamos mantendo a exposição a setores mais domésticos e cíclicos e fazendo apenas pequenos ajustes em nosso portfólio de abril.”

O posicionamento dos analistas da Guide para este mês, também está nesta direção: um portfólio diversificado, direcionado para ações mais cíclicas em função da recuperação do crescimento econômico e que se beneficiam da queda dos juros

“A inflação no Brasil segue em queda, favorecendo a continuidade do ciclo de corte de juros. Nos EUA, os dados de inflação têm sido menos favoráveis, mas também acreditamos que o corte de juros deve começar em breve (não só nos EUA, mas também na Europa). Além disso, a economia brasileira vem dando sinais de recuperação no crescimento”, comentam os analistas. 

Para saber as reflexões dos analistas sobre o mercado em abril, como estão as recomendações e as influências, assine o Clube Acionista. VEJA POR AQUI.

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