Após mês negativo com queda de 2,28% no SMALL, os analistas atualizaram suas carteiras para novembro. Desse modo, confira as melhores oportunidades de Small Caps para o mês de acordo com as principais equipes de análise do país.
Bradespar (BRAP4)
Controlada pelo o Bradesco e tendo, atualmente, como único ativo, a participação no capital da Vale, as ações da empresa continuam sendo negociadas com um desconto em relação as ações da Vale.
Além disso, a confirmação da retomada da política de dividendos da mineradora e a retomada da demanda de minério de ferro na China – mesmo que os atuais patamares do preço da commodity não sejam sustentáveis no longo prazo – são os dois principais drivers que fazem com que o investimento na Bradespar esteja entre as principais small caps do mês.
Desde que a Bradespar ingressou nas principais small caps do mês, em setembro desse ano, a empresa teve um retorno de valorização 9,76%, contra uma desvalorização de 1,59% do Ibovespa e uma desvalorização de 1,01 do índice SMALL no mesmo período.
Com isso, quem confiou nos analistas obteve uma bela valorização em uma ótima empresa, geradora de muito caixa, ganhando mais de 10% em relação ao índice em um curto período de tempo.
Minerva (BEEF3)
A companhia reportou bom desempenho no 2T20, com receita líquida aumentando 9,3%, com grande participação das vendas do mercado externo, representando mais de 70% de seu faturamento.
Além disso, o EBITDA acabou subindo 62%, com margem de 13,4%, ou seja, aumento de 4,4 p.p., decorrente das maiores vendas e os ganhos de eficiência. Por fim, a companhia conseguiu reverter o prejuízo e apresentar lucro líquido no 2T20 ante o mesmo período de 2019. Outro fator positivo foi a redução de sua alavancagem, dos últimos 12 meses encerrados em junho, ficando em 2,6 vezes, o menor patamar dos últimos 12 anos.
Desde que a Minerva passou a fazer parte das principais small caps do mês, em agosto desse ano, a empresa teve uma desvalorização de 22,5%, contra uma desvalorização de 2,23% do Ibovespa e uma valorização de 0,27 do índice SMALL no mesmo período.
Sempre lembramos que, no curto prazo, as cotações são influenciadas por diversos fatores que muitas vezes a empresa nem tem como controlar. Entretanto, no longo prazo, a cotação da ação tende a convergir para o lucro líquido da mesma.
Via Varejo (VVAR3)
A consolidação da atuação omnichanel, com o turnaround operacional da companhia, foco na ampliação de suas vendas, redução de despesas e aprimoramento de seus sistemas operacionais tendem a trazer valor importante para Via Varejo no médio prazo. A aquisição do Banqi também auxilia o posicionamento da empresa no processo de digitalização, ampliando a capacidade em desenvolver também os serviços financeiros online, via carnês e, posteriormente, utilizando a ampla base de clientes das companhias da Via Varejo para integralização dos serviços financeiros.
Com o início da crise da COVID-19 e as medidas de isolamento social, a companhia intensificou suas ações relacionadas ao desenvolvimento da estrutura online. Seu canal digital passou a representar mais de 34% do GMV, com os aplicativos da Casas Bahia e Ponto Frio saindo de 1,5 milhões de downloads em junho/19 para mais de 15 milhões um ano depois.
O follow on realizado recentemente no valor de R$4,45 bilhões, a capitalização via debêntures de R$1,5 bilhão e o alongamento das dívidas de curto prazo com fornecedores devem trazer a solidez financeira necessária para que a Via Varejo amplie sua capacidade de atuação no setor, destravando valor importante para a companhia.
Os analistas destacam ainda o valuation atrativo, VVAR3 é negociado a 1,3x EV/Receita, enquanto MGLU3 é negociado a 5.1 x e BTOW3 a 6.0x
Desde que a Via Varejo passou a fazer parte das principais small caps do mês, em junho de 2019, a empresa teve um belíssimo desempenho de 285,50%, contra módicos 3,66% do Ibovespa e 22,98% do índice SMALL no mesmo período.
Desse modo, percebam que o investimento em apenas um ano e cinco meses de participação nas principais small caps, multiplicou por quase quatro vezes o capital investido.
Fontes: Elite, Terra e Guide Investimentos
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