Em meio ao pânico do mercado com o coronavírus, muitas pessoas optam por ações mais seguras e pagadoras de dividendos, deixando de lado as small caps. Entretanto, os analistas não deixam de confiar nesse grupo de ações, que fica ainda mais atrativo após as grandes quedas ocorridas.
Confira as top 3 small caps mais recomendadas do mês
Sanepar (SAPR11)
A expectativa dos analistas é de que a Sanepar se beneficie nesses próximos trimestres do crescimento do fluxo de caixa livre. Dessa maneira, isso é influenciado pelas contínuas medidas voltadas para eficiência de custos e maior volume relacionado ao tratamento de esgoto.
Esse fator deve continuar a impulsionar os dividendos da empresa nos próximos anos. Vale comentar: a Agepar ainda iniciou as discussões em torno do repasse integral pendente da revisão tarifária da Sanepar, após autorização do reajuste tarifário de 12% no 1S19, o que significaria mais um aumento nas tarifas neste ano.
Caso a Sanepar consiga antecipar o diferimento, deverá melhorar ainda mais a percepção de risco das units da Sanepar. Além disso, o risco político atual é menor, dado que a empresa realizou algumas mudanças em seu estatuto, afim de melhorar a governança corporativa, e proteger os aumentos tarifários autorizados.
Os processos fornecem mais transparência aos aumentos tarifários ainda pendentes da Sanepar, reduzindo o risco de interferência na empresa. As discussões envolvendo o Projeto de Lei que reforma o setor de saneamento básico no país também deve destravar valor aos ativos da Sanepar.
Entre os riscos: (i) a manutenção da estrutura tarifária; e (ii) disciplina de CAPEX.
Trisul (TRIS3)
A Trisul é uma das maiores incorporadoras e construtoras da região metropolitana de São Paulo, operando no segmento de média/alta renda e tendo lançado mais de 200 empreendimentos com um total de 42 mil unidades.
Recentemente, a companhia realizou um aumento de capital, com o objetivo de adquirir mais terrenos em áreas nobres da cidade. Assim, a companhia se torna mais preparada para aproveitar o bom momento vivido pelo setor.
Os analistas sustentamos a recomendação, principalmente por: (i) track record de crescimento robusto em lançamentos e vendas desde 2017; (ii) modelo de negócio verticalizado e integrado; (iii) níveis de liquidez confortáveis após o recente aumento de capital; (iv) landbank posicionado estrategicamente.
Via Varejo (VVAR3)
No curto prazo, os analistas observam valor a ser destravado em meio a recente troca de controle. A nova estratégia ainda contempla o foco inicial nas lojas físicas – que demandam uma necessidade de capital de giro menor para a operação, além de possuírem margens melhores que o site – e consolidação da atuação omnichanel (“multicanal”, como é chamado).
Vale ainda comentar algumas iniciativas já implementadas pela nova diretoria: (1) alterações nas métricas de remuneração dos vendedores; (2) mudança na metodologia de precificação nas lojas (dentro de uma margem estabelecida) para que os vendedores tenham mais autonomia, acirrando à concorrência; e (3) foco na execução e integração de canais.
Em seu ViaVarejo Day (reunião com investidores), a companhia apresentou os avanços em 2019, atualizou seu guidance e sinalizou as estratégias para a companhia em 2020.
Além do bom desempenho de vendas na Black Friday, a empresa também registrou bons avanços em custos logísticos e em desempenho no e-commerce.
A ideia agora é acelerar a abertura de novas lojas no Norte e Nordeste, reduzir a despesas e consequentemente aumentar margens, além do investimentos e desenvolvimento nos canais de e-commerce.
Nos últimos resultados, é possível observar o turnaround operacional da companhia, com foco na recuperação de suas vendas, redução de despesas e aprimoramento de seus sistemas operacionais. Portanto, os analistas seguem otimistas com o futuro da companhia.
Fontes: BTG Patcual, Guide e Elite.
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