Ainda em meio ao pânico do mercado com o coronavírus, os analistas perceberam o momento de recuperação do mercado e focaram nas small caps com mais oportunidades de valorização. Dessa forma, nós do Acionista compilamos as teses das ações mais indicadas para você abaixo.
Confira as top 3 small caps mais recomendadas do mês
Sanepar (SAPR11)
A Sanepar é uma empresa do setor de saneamento básico que presta serviços as cidades do Estado do Paraná. As principais linhas de negócio da companhia são água e esgoto, tendo a maior parte da sua receita vindo do município de Curitiba (23,2%).
A companhia vem apresentando ganhos de rentabilidade, com crescimento de +21% do Ebitda na comparação entre 2019 e 2018. A companhia também apresenta múltiplos mais baixos que seus peers, P/L 6,9x contra 8,2x da Sabesp.
O setor de saneamento se mostra mais resiliente na crise atual do Covid-19 e as receitas da companhia devem sofrer menos impactos que outros setores.
A expectativa dos analistas é de que a Sanepar se beneficie nesses próximos trimestres do crescimento do fluxo de caixa livre. Dessa maneira, isso é influenciado pelas contínuas medidas voltadas para eficiência de custos e maior volume relacionado ao tratamento de esgoto.
Via Varejo (VVAR3)
As melhorias implementadas até agora impulsionaram, principalmente, os números do e-commerce que foi um dos maiores destaques do quarto trimestre de 2019. Se o esforço do novo management na reestruturação, com foco, fundamentalmente, em sistemas, estoque e tecnologia já era relevante para o avanço da companhia, agora se demonstra muito mais para o enfrentamento da crise que o Covid-19.
Apesar do momento desafiador a companhia anunciou recentemente a aquisição da ASAPLog, empresa de tecnologia do setor logístico. Se no início do ano o caminho da varejista já parecia desafiador a crise evidenciou sua sensibilidade ao isolamento social e seu “atraso” operacional e digital em relação aos seus páreas.
Entretanto a Via Varejo vem fazendo seu dever de casa para a nova realidade do varejo e ainda pode se aproveitar desta crise para demonstrar sua maturidade e resiliência.
SLC Agrícola (SLCE3)
Em meio a um ambiente de pouca visibilidade sobre quanto tempo o surto de Covid-19 poderá durar, os analistas acreditam que a empresa deve conseguir resultados resilientes nos próximos trimestres.
Além disso, a tese é de que a demanda por grãos seja uma das mais consistentes entre todas as commodities, mas os preços também têm favorecido os produtores domésticos, devido a uma forte depreciação do real, que mais do que compensou a queda observada na CBOT (Chicago Board of Trade).
Assim, os preços da soja e do milho subiram no acumulado do ano em termos BRL. Além disso, no caso do algodão, também se observa um cenário muito mais construtivo para o 2S20. A preços atuais, não é esperado que a maioria dos produtores dos EUA e do hemisfério norte cheguem ao equilíbrio, o que significa que a área plantada com algodão provavelmente será reduzida na safra 2020/21.
Portanto, no curto prazo, também é estimado pouco ou nenhum impacto para a SLC, uma vez que atualmente a empresa detém mais de 70% de sua produção de algodão 2019/20 protegida por hedge acima de US$ c70/lb (em comparação com ~US$ c50/lb).
Fontes: BTG Pactual, Elite e Necton
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