Com o panorama do mercado mais positivo após incertezas, os analistas perceberam o momento para tomar riscos e focaram nas small caps com as maiores oportunidades de lucros. Dessa forma, nós do Acionista compilamos as teses das ações mais recomendas para você abaixo.
Confira as top 3 small caps mais recomendadas do mês
Bradespar (BRAP4)
A Bradespar é uma holding criada em 2000 a partir do desmembramento do Bradesco, sendo listado na B3, compondo o nível 1 de governança corporativa.
Atualmente a companhia permanece com o foco na gestão ativa da Vale, atuando diretamente na administração superior, com membros no conselho de administração e comitês de assessoramento. Logo, a Bradespar segue os fundamentos da Vale, ou seja, usufruiu da boa resiliência da Vale durante o período de crise, com perspectivas positivas para os próximos resultados da companhia, com destaque para o ramp up final do projeto S11D, que conta com produtos de maior qualidade e menor custo operacional, e forte geração de caixa.
Além do anúncio para venda de sua operação na nova Caledônia, que possibilita a companhia manter maior foco nas operações core (Minério de ferro) e mais rentáveis da Vale, reduzindo a participação das vendas de níquel e cobalto no mix de produtos. Os analistas também destacam o desconto de Holding atrelado ao Bradespar em relação a Vale, com o desconto de cerca de 25% no fechamento de junho.
SLC Agrícola (SLCE3)
Dada a mudança de cenário global, a SLC é uma das empresas que deverá sofrer menos com as conjunturas negativas trazidas pelo coronavírus. A piora de perspectivas econômicas para países emergentes fizeram com que o dólar tivesse forte apreciação frente à essas moedas.
Dada tal perspectiva, os produtos agrícolas brasileiros ficaram mais baratos no mercado internacional, o que impulsiona as exportações locais. Ainda, o principal parceiro de negócios de commodities do Brasil, a China, já está com suas operações internas voltando à normalidade. Dessa forma, o escoamento de produtos para o país asiático deve permanecer forte nos próximos meses.
Como resultado, os analistas acreditam que a SLC poderá vir a se sobressair quando comparado a outros ativos, por conta de suas vantagens competitivas frente às adversidades do mercado e possível beneficiamento dada a conjuntura econômica atual.
Oi (OIBR3)
Há duas semanas, a Oi anunciou planos detalhados para levantar caixa e transformar a empresa em uma operadora de fibra B2B e B2C.
Ela planeja vender: i) a unidade móvel por um preço mínimo de R$ 15 bilhões; ii) 25,5% de sua infraestrutura de fibra (backbone, backhaul e FTTH de última etapa – “last mile”) por um preço mínimo de R$ 6,5 bilhões (R$ 25,5 bilhões por 100%) mais um pagamento extraordinário de dividendos de R$ 2,4 bilhões; e iii) torres móveis e data centers no total de R$ 1,3 bilhão.
Após a venda dessas unidades, a Oi estaria operando: i) um negócio de ponta em B2C FTTH, que os analistas estimam valer pelo menos R$ 4 bilhões; e ii) uma herança dos negócios de voz fixa de cobre/banda larga e o DTH de TV paga. Seria também dona de 74,5% dos direitos econômicos da empresa de infraestrutura da Oi.
Existem muitos desafios de execução, mas os analistas gostaram do que viram no novo plano e pensamos que a empresa está no caminho certo. Atingimos um preço-alvo de R$ 2 para as ações da Oi, mesmo com premissas mais conservadoras para a venda de ativos.
Fontes: BTG Pactual, Guide e Necton
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