Após mês negativo com queda de 4,63% no IDIV, os analistas atualizaram carteiras de dividendos mensais. Desse modo, confira as melhores alternativas para proventos em outubro de acordo com as principais equipes de análise do país.

Confira as top 3 pagadoras de dividendos

Taesa (TAEE11)

A empresa permanece com boa perspectiva de crescimento, com sólida execução das novas concessões, além do atrativo dividend yield que as ações estão sendo negociadas. O baixo risco regulatório da Taesa, que possui contratos longos, com vencimento à partir de 2030, é outro ponto de destaque. A empresa historicamente reporta geração de caixa constante e robusta, com margens bastante elevadas (margem EBITDA em torno de 85% – 90%).

Adicionalmente, o histórico de disciplina de capital nos leilões e o alto rendimento de proventos (payout médio acima de 90% nos últimos 10 anos) que a empresa apresenta deixam os analistas confortáveis com o investimento. A empresa também tem reportado menores gastos financeiros, algo que impulsionou o lucro dos últimos períodos. Para os próximos 12 meses projeta-se um dividend yield próximo de 8%.

Também existe a possibilidade da companhia participar de eventuais aquisições do setor (as oportunidades mais evidentes no momento referem-se aos ativos operacionais da Abengoa e Isolux, assim como potenciais novos desinvestimentos da Eletrobras no segmento de transmissão). Seu nível de endividamento é relativamente baixo, algo que contribui para manter seus investimentos e realizar aquisição de outros ativos. Ainda, rumores de venda da participação da Cemig na empresa podem destravar valor para os papéis da Taesa.

Entre os riscos, destacam-se: (i) desenvolvimento dos novos projetos, que podem ter atrasos e custos acima do esperado; e (ii) demora no processo de integração de novos ativos operacionais adquiridos

Isa CTEEP (TRPL4)

A ISA CTEEP é a maior empresa privada de transmissão do setor elétrico brasileiro. Por meio de suas atividades e de suas controladas e coligadas, a Companhia atua em 17 estados do país, e é responsável por aproximadamente 33% de toda a energia elétrica transmitida pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). Em 31 de dezembro de 2019, a capacidade instalada da Companhia (controladora, controladas e coligadas em operação) totalizou 65,9 mil MVA de transformação, 18,6 mil quilômetros de linhas de transmissão, 25,8 mil quilômetros de circuitos e 126 subestações próprias.

Em junho, a ANEEL aprovou um aumento de 9,75% nas receitas (RAP) de 2018 do contrato 059/2001 (incluindo RBSE), de R$ 2.452 bilhões para R$ 2.692 bilhões. O aumento foi impulsionado por um WACC regulatório mais alto e pela inclusão do componente de custo de capital próprio (Ke) no RBSE a receber. Esse aumento gerou uma parcela de ajuste de R$ 892 milhões, que será recebido por um período de três anos até 2023.

Os analistas percebem a TRPL sendo negociada a uma TIR real de 7,3%, enquanto entrega um dividend yield de dois dígitos nos próximos anos. Com o substancial fluxo de caixa extra do RBSE a receber recentemente impulsionado pelo componente do custo de capital próprio, acreditamos que a empresa continuará pagando dividendos consideráveis nos próximos anos.

BB Seguridade (BBSE3)

A BB Seguridade é uma holding das participações de Banco do Brasil em negócios correlacionados. A empresa vem aprimorando as operações após a venda de IRB e, dessa forma, pode cada vez mais vir a se beneficiar da capilaridade de seu dono.

Em um cenário de alavancagem da previdência e do crédito, o negócio realiza ganho nas duas pontas, por atuar não só em ambos os setores, mas também com o necessário posicionamento. Os riscos de ingerência política vêm se mitigando e os analistas acreditam que a BB Seguridade possa alcançar múltiplos cada vez maiores.

Fonte: Ativa, BTG Pactual, Guide Investimentos

CONFIRA AS PRINCIPAIS DIVIDENDOS DO MÊS

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