Após mês positivo com leve alta de 0,65% no IDIV, os analistas atualizaram suas carteiras mensais de dividendos. Desse modo, confira as melhores alternativas para proventos em novembro de acordo com as principais equipes de análise do país.

Confira as top 3 pagadoras de dividendos

Isa CTEEP (TRPL4)

Na visão dos analistas, drivers não faltam à Isa CTEEP, que começará a contabilizar os efeitos contábeis e no nível de caixa do reajuste anual da RAP deferido em julho/20 a partir do 3T20.

Operacionalmente, a intenção de aumentar os investimentos em melhorias dos atuais R$ 70 MM para a faixa entre R$ 400-500 MM faz todo o sentido e pode ajudar a preservar a rentabilidade dos investimentos, que em sua maioria, possuem um amplo tempo de concessão.

Negociando a 7,9 EV/Ebitda (2021), os especialistas percebem ainda um bom potencial de valorização para o papel, que segue sendo excelente alternativa para uma carteira com foco em proventos, dado a previsão de manutenção do payout em 75% do lucro regulatório

Desde que a Isa CTEEP ingressou nas principais ações de dividendos do mês, em abril desse ano, a empresa entregou só em valorização 34,35%, o que para uma empresa pagadora de dividendos é um retorno excelente. Além disso, também pagou 4,84% de proventos com base na cotação de entrada nas principais (R$ 18,63). Em comparação, o Ibovespa nesse mesmo período valorizou 41,97%, enquanto o IDIV (Índice de Dividendos da bolsa) valorizou 27,86%.

Com isso, quem confiou nos analistas obteve uma bela valorização para uma empresa pagadora de dividendos, além é claro do recebimento dos proventos dando quase 2,5 vezes o retorno que a Selic dá hoje, em um ano de pandemia onde os dividendos foram reduzidos para garantir a saúde financeira das empresas.

Engie Brasil (EGIE3)

A Engie Brasil é a maior geradora privada de energia do Brasil, e conta com uma capacidade instalada de 10.211 MW, que representa 6,0% da capacidade instalada existente no país, divididas em 61 usinas operadas pela Companhia.

O foco principal da companhia em termos de capacidade de geração está em hidrelétricas, seguida por termelétricas e complementares, como Eólica, Biomassa, Solar e PCH.

Recentemente, a Engie Brasil finalizou a aquisição da distribuidora de gás TAG, que pertencia à Petrobras. Com a aquisição, a Engie é detentora agora da maior malha de transporte de gás natural do Brasil, com 4.500 km.

A companhia apresenta sólidos resultados financeiros e apresenta boas perspectivas de crescimento, principalmente com a entrada em operação dos investimentos em transmissão e gás. A empresa apresenta um histórico de bons dividendos, com payout próximo de 100% nos últimos três anos, figurando entre as melhores pagadoras de dividendos da bolsa nesse período.

Desde que a Engie Brasil passou a fazer parte das principais ações de dividendos do mês, em dezembro de 2019, a empresa teve uma desvalorização de 7,57%. Além disso, também pagou 5,03% de proventos com base na cotação de entrada nas principais (R$ 46,85). Em comparação, o Ibovespa nesse mesmo período desvalorizou 7,51%, enquanto o IDIV desvalorizou 6,73%.

Percebemos que a empresa andou em linha com o Ibovespa e um pouco abaixo do IDIV, mas quando se coloca na conta os dividendos recebidos, a empresa acaba tendo um desempenho melhor.

Telefônica Brasil (VIVT4)

A Telefônica Brasil (Vivo) é a maior empresa de telecomunicações do Brasil atuando com uma ampla gama de produtos e serviços como telefonia fixa e móvel, banda larga fixa e móvel, TV por assinatura, dados, serviços digitais, entre outros. As operadoras de telecomunicações, em geral, devem superar o desempenho de outros setores, dado seu modelo de negócios resiliente, fortes balanços (principalmente Vivo e TIM) e geração de fluxo de caixa.

A Vivo é uma ação especialmente interessante para possuir em tempos incertos, na visão dos analistas. A empresa gera um fluxo de caixa bom e consistente e tem um longo histórico de pagamento de dividendos consideráveis (dividend yield de 6,8% e 6,8% para 2020 e 2021, respectivamente).

Embora seus negócios sejam afetados pela esperada desaceleração econômica (principalmente em pré-pagos e B2B), o impacto na receita pode ser contido e deve ser maior do que no EBITDA à medida que a otimização de custos continua.

Por fim, no eventual cenário da proposta conjunta da Vivo, TIM e Claro pelas operações móveis da Oi S.A. ser a vencedora, a companhia se beneficiará diretamente da consolidação do setor, prevenindo a entrada de mais um competidor e garantindo um mercado de 3 players no longo prazo.

Desde que a Telefônica Brasil passou a fazer parte das principais ações de dividendos do mês, em setembro de 2019, a empresa teve uma desvalorização de 15,75%. Além disso, também pagou 4,63% de proventos com base na cotação de entrada nas principais (R$ 50,92). Em comparação, o Ibovespa nesse mesmo período desvalorizou 0,22%, enquanto o IDIV desvalorizou 1,06%.

Podemos perceber que a empresa acabou ficando atrás no desempenho quando comparado aos dois índices, mas isso também significa que a Vivo continua dando oportunidade para se tornar sócio de uma empresa resiliente, com ótima geração de caixa e com a possibilidade de ter lugar na sua carteira em uma estratégia de dividendos.

Lembre-se sempre, o foco ao investir em empresas de dividendos não deve ser unicamente a valorização, e sim uma construção de renda passiva ao longo do tempo através de bons proventos recebidos. Entretanto, é positivo quando a sua empresa de dividendos também apresenta um bom desempenho no quesito valorização.

Fontes: Ativa Investimentos, BTG Pactual e Necton

CONFIRA AS PRINCIPAIS DIVIDENDOS DO MÊS

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