Após mês negativo com queda de 5,21% no IDIV, os analistas atualizaram suas carteiras mensais de dividendos. Desse modo, confira as melhores alternativas para proventos em março de acordo com as principais equipes de análise do país.
Confira as top 3 pagadoras de dividendos
Taesa (TAEE11)
A Taesa é uma empresa de energia elétrica, focada no segmento de transmissão. A companhia possui atualmente 39 concessões e mais de 13 mil km de linhas de transmissão.
Os analistas observam a Taesa como um dos melhores players de transmissão do país. Possuindo a maioria de contratos atualizados anualmente via IGP-M, a companhia é a escolha para cenários onde a curva de juros esteja inclinada e o mercado mais disposto a tomar ativos atrelados a rendimentos reais que equities.
Dotado de um fluxo de caixa altamente resiliente, a companhia é excelente fonte de proventos na visão dos especialistas.
A Taesa voltou a fazer parte das Principais Dividendos do Mês apenas em janeiro desse ano e, como o foco ao investir em empresas pagadoras de proventos deve ser o longo prazo, não faz sentido analisar o desempenho da mesma em somente um mês de participação.
ENGIE Brasil (EGIE3)
A ENGIE é a maior produtora independente de energia do país, sendo também agente ativo na comercialização de energia. Além disso, em 2017, ingressou no segmento de transmissão de energia e, em 2018, adquiriu os 50% remanescentes das ações da ENGIE Geração Solar Distribuída. O ano de 2019 marca a entrada no segmento de gás natural brasileiro ao adquirir participação na Transportadora Associada de Gás (TAG).
Ao fim do quarto trimestre de 2019, a empresa contava com uma capacidade instalada própria de 8.711 MW, operando um parque gerador de 10.431 MW, composto por 60 usinas, sendo 11 hidrelétricas, quatro termelétricas e 45 complementares – três a biomassa, 38 eólicas, duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e duas solares.
A empresa sempre manteve um prêmio frente às demais Utilities devido a uma combinação de liquidez, capacidade de entregar crescimento com disciplina de alocação de capital e pagamento de dividendos. Os analistas estimam um dividend yield para a empresa em 2021 de 8,3%.
Desde que a ENGIE passou a fazer parte das Principais Dividendos, em dezembro de 2019, a empresa teve uma desvalorização de 11,77%. Além disso, também pagou 7,09% de proventos com base na cotação de entrada nas principais (R$ 44,52). Em comparação, o Ibovespa nesse mesmo período valorizou 3,53% e o IDIV desvalorizou 0,74%.
Percebemos que a empresa teve um desempenho um pouco abaixo do Ibovespa e do IDIV, o que é normal quando analisamos o desempenho das companhias do setor elétrico no último ano, que acabaram ficando atrasadas na recuperação depois das grandes quedas. Entretanto, quando colocamos os proventos recebidos desde então, o retorno acaba sendo superior, comprovando a resiliência da companhia mesmo em um momento tão adverso.
Vale (VALE3)
Os analistas possuem uma visão construtiva para a Vale. É destacado o foco do management no controle de custos, além da contínua redução de capex e endividamento. Além disso, os preços de minério continuam em patamares elevados (fruto da menor oferta no mercado), enquanto a empresa negocia a múltiplos descontados.
Alguns triggers são: (i) forte valorização do minério no mercado internacional com a maior demanda da China por minério de maior qualidade; além (ii) das melhorias operacionais, reflexo da forte redução de custo caixa, deverão compensar tais efeitos negativos e queda de produção.
Outro ponto importante foi o recente acordo para indenizar o estado de Minas Gerais na tragédia de Brumadinho em 2019, no valor de R$ 37 bilhões, com parcelas previstas para os próximos anos, suavizando o impacto no caixa da companhia e permitindo manter o pagamento de dividendos em níveis elevados.
Dessa forma, os analistas avaliam a entrada em Vale nesse momento a patamares interessantes, negociada a 3.5x EV/Ebitda estimado para 2021, contra uma média de 5.0x do setor.
A Vale retornou em fevereiro para as nossas Principais Dividendos e, dessa forma, também não faz sentido analisar o desempenho em um horizonte de tempo tão curto.
Fontes: Ativa, BTG Pactual e Guide.
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