Após mês positivo com grande alta de 8,94% no IDIV, os analistas atualizaram suas carteiras mensais de dividendos. Desse modo, confira as melhores alternativas para proventos em janeiro de acordo com as principais equipes de análise do país.
Confira as top 3 pagadoras de dividendos
ENGIE Brasil (EGIE3)
Com o endividamento estabilizada, tendo a dívida bruta subido apenas 0,9% YoY e a líquida caído 2,8% devido ao acúmulo de caixa 14,6% maior perante 2T19, Engie (EGIE3) é aquele player que alia alta performance operacional com disciplina financeira. Seus movimentos no mercado de energia e na alocação de recursos para investimentos tem se mostrado fora da curva, tal como seu compromisso com as métricas ESG.
Seguimos recomendando o ativo, que demonstrou vigor neste trimestre e com a queda na alavancagem (1,9x vs 2,1x no 1T20), obtém ainda mais flexibilidade para buscar crescimento orgânico, inorgânico e continuar como uma excelente pagadora de proventos.
Desde que a Engie Brasil passou a fazer parte das Principais Dividendos, em dezembro de 2019, a empresa teve uma desvalorização de 4,22%. Além disso, também pagou 7,09% de proventos com base na cotação de entrada nas principais (R$ 44,52). Em comparação, o Ibovespa nesse mesmo período valorizou 11,56%, enquanto o IDIV valorizou 8,59%.
Percebemos que a empresa teve um desempenho um pouco abaixo do Ibovespa e do IDIV, o que é normal quando analisamos o desempenho das companhias do setor elétrico no último ano, que acabaram ficando atrasadas na recuperação depois das grandes quedas. Entretanto, quando colocamos os proventos recebidos desde então, dá uma diferença mínima de retorno, que, dadas as circunstâncias, comprova a resiliência da companhia mesmo em momentos adversos.
BB Seguridade (BBSE3)
A BB Seguridade é uma empresa de participações (holding) controlada pelo Banco do Brasil e que atua em negócios de seguridade. Suas participações societárias atualmente estão organizadas em dois segmentos: negócios de risco e acumulação; negócios de distribuição. Contando com a rede de distribuição do Banco do Brasil como o principal canal de comercialização de um portfólio completo de produtos com a intermediação de uma corretora própria, a BB Seguridade ocupa hoje posição de destaque no mercado em todos os segmentos em que está presente.
Os analistas acreditam que as ações da BB Seguridade são uma boa alternativa de “valor” versus bancos. A alavancagem é muito menor, a visibilidade dos resultados nos próximos 12 meses é muito mais clara, além do pagamento de dividendos ser muito mais alto (os bancos foram impedidos de pagar dividendos acima do mínimo estabelecido no Estatuto Social) e o segmento de seguros enfrentar menos riscos políticos/regulatórios.
Desde que a BB Seguridade passou a fazer parte das Principais Dividendos, em dezembro de 2019, a empresa teve uma desvalorização de 6,24%. Além disso, também retornou 13,51% de proventos com base na cotação de entrada nas principais (R$ 30,63). Em comparação, o Ibovespa nesse mesmo período valorizou 11,56% e o IDIV 8,59%.
Podemos perceber que a empresa acabou ficando atrás no desempenho quando comparado aos dois índices, mas isso também significa que a BB Seguridade continua dando oportunidade para se tornar sócio de uma empresa resiliente, com ótimo pagamento de proventos.
Lembre-se sempre, o foco ao investir em empresas de dividendos não deve ser unicamente a valorização, e sim uma construção de renda passiva ao longo do tempo através de bons proventos recebidos. Entretanto, com certeza é positivo quando a sua empresa de dividendos também apresenta um bom desempenho no quesito valorização.
Taesa (TAEE11)
A empresa permanece com boa perspectiva de crescimento, com sólida execução das novas concessões, além do atrativo dividend yield que as ações estão sendo negociadas. O baixo risco regulatório da Taesa, que possui contratos longos, com vencimento à partir de 2030, é outro ponto de destaque. A empresa historicamente reporta geração de caixa constante e robusta, com margens bastante elevadas (margem EBITDA em torno de 85% – 90%).
Adicionalmente, o histórico de disciplina de capital nos leilões e o alto rendimento de proventos (payout médio acima de 90% nos últimos 10 anos) que a empresa apresenta deixam os analistas confortáveis com o investimento. A empresa também tem reportado menores gastos financeiros, algo que impulsionou o lucro dos últimos períodos. Para os próximos 12 meses projeta-se um dividend yield próximo de 8%.
Recentemente, também se discute a possibilidade da companhia participar de eventuais aquisições do setor (as oportunidades mais evidentes no momento referem-se aos ativos operacionais da Abengoa e Isolux, assim como potenciais novos desinvestimentos da Eletrobras no segmento de transmissão). Seu nível de endividamento é relativamente baixo, algo que contribui para manter seus investimentos e realizar aquisição de outros ativos. Ainda, rumores de venda da participação da Cemig na empresa podem destravar valor para os papéis da Taesa.
Entre os riscos, destacam-se: (i) desenvolvimento dos novos projetos, que podem ter atrasos e custos acima do esperado; e (ii) demora no processo de integração de novos ativos operacionais adquiridos.
A Taesa está voltando às Principais Dividendos do mês em dezembro e, como o foco da nossa estratégia é no longo prazo, não faz sentido analisar o desempenho da empresa somente nesses poucos dias de negociação.
Fontes: BTG Pactual, Guide Investimentos e Necton.
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